

Rosália Amorim
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Tensão inflamável
Está instalada a polémica devido à baixa do preço dos combustíveis. O governo anunciou um valor, mas foi aplicado outro abaixo e há um certo empurrar de culpas entre gasolineiras e Executivo. Ora, os portugueses não querem saber de quem é a culpa ou quem, no limite, fez mal as contas. O que os cidadãos pretendem é que o custo da fatura da gasolina e do gasóleo seja reduzido, já que os preços estão incomportáveis.

O 7 nem sempre é um número da sorte
São sete os perigos que podem fazer descarrilar o plano do governo para reduzir o défice público (em contas nacionais) para 1,9% do produto interno bruto (PIB) no final deste ano e acelerar no corte do peso da dívida, quem o diz é o Conselho das Finanças Públicas (CFP) na "Análise da proposta de Orçamento do Estado para 2022" (OE2022).

Pandemia + guerra = Portugal mais pobre
O Governo vai avaliar "natureza de inflação" na atualização de salários de 2023. Promessa da Ministra Mariana Vieira da Silva. Referiu ontem que executivo "já foi claro" na indisponibilidade para subida intercalar neste ano e não se compromete a acompanhar inflação no próximo. A ministra da Presidência falou após uma primeira reunião com as estruturas sindicais da função pública que serviu para listar prioridades negociais e referiu que "essa atualização salarial terá em conta os valores da inflação, mas também a avaliação que for feita da natureza dessa inflação nesse momento" bem como "do sucesso das medidas que, entretanto, estamos a tomar para conter os preços e, naturalmente, como sempre da situação do país."

Não baixar os braços e ressuscitar a paz
"Quando se usa a violência esquece-se a razão porque se está no mundo e chega-se a realizar absurdas crueldades. Vemo-lo na loucura da guerra". São palavras do Papa Francisco que celebrou o Domingo de Ramos.

Dois tiros nos dois pés
É surpreendente, ou talvez não face aos dias de guerra que correm, a posição do PCP ao votar contra o discurso de Zelensky na Assembleia da República. A proposta foi feita pelo PAN e foi aprovada por maioria em conferência de líderes. O PCP está do contra.

Por um país mais competitivo
O governo de António Costa tomou posse ontem à tarde, no Palácio de Belém, e inicia-se uma corrida contra o tempo, contra a crise e o que resta dos efeitos pandémicos e contra os impactos da guerra na Ucrânia. Para que o país possa progredir, este deveria ser o governo da competitividade.

Task-force alargada
António Costa tinha prometido uma "task-force" para o novo governo, ou seja, uma equipa mais curta, mais enxuta, mas de 19 ministros ficam ainda 17. É matematicamente um governo mais curto e isso é um bom sinal, mas aquém das expectativas de muitos. Mais magra é a equipa de secretários de Estado que é reduzida de 50 para 38.

Custos económicos e políticos de uma guerra
Os portugueses fazem e refazem contas para acomodar a alta generalizada de preços a que estão sujeitos. Depois da pandemia, que já tinha feito disparar os preços de alguns produtos, e também serviços como transportes de contentores, fretes e logística, agora a guerra na Ucrânia agudizou a situação. Massas, pão, óleo, rações, carne, leite e ovos são alguns dos produtos que poderão ver o preço subir esta semana e nas próximas. Mas não só, a fatura mais visível e imediata da guerra afeta o preço dos combustíveis, que já bateu máximos de 16 anos. E apesar do preço do petróleo já ter abrandado nos mercados internacionais nos últimos dois dias, nada disso ainda se sente nas bombas de combustível.
No caso dos alimentos, "não vale a pena ir a correr aos supermercados, não está em causa o abastecimento de produtos nas prateleiras de supermercados", alertou esta semana o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira. Na última semana, as prateleiras ficaram mais vazias não por receio de falta de stocks, mas para tentar poupar alguns euros na conta mensal de supermercado.
