Lulu, quando entra em palco anuncia: "Aqui estou eu", e a partir daí tudo vai acontecer, em duas horas de espetáculo, uma encenação de Nuno M. Cardoso, com a parceria de Nuno Carinhas, e um elenco do outro mundo, para esta peça tantas vezes rasurada e reescrita por Wedekind, e onde Lulu, não é apenas uma mulher, nesta encenação, Lulu, são três mulheres, que são a mesma, e uma delas é bailarina. Cinco dos sete atos desta gigantesca peça estão aqui, em palco, em três cidades, Berlim, Londres e Paris, são estas as cidades desta tragédia, em forma de clown, não são cidades imaginadas são mesmo estas três cidades. Sexo, dinheiro e violência, profecia do Capitalismo, uma espécie de conto de fadas para adultos, com esse monstro que a persegue, que nos persegue, do desejo e também é uma peça sobre a morte, a liberdade suprema da morte, a Lulu, morre no final, já sabemos, a forma como lá chega é o caminho de todas as tragédias.
Lulu, estreia esta noite, de quarta feira, no teatro Carlos Alberto, um espetáculo com encenação de Nuno M. Cardoso e cenografia e figurinos de Nuno Carinhas e fica até 22 de junho depois regressa de 27 a 30 de junho.
