O espelho e outros espelhos de Alice em exposição na Gulbenkian

"Do outro lado do espelho" é uma exposição inspirada na obra de Lewis Carroll, "Alice no País das Maravilhas".

À entrada, três peças convidam o visitante: uma pintura, uma escultura de uma mulher e um espelho de Lalique, quase devorado por duas serpentes. As cortinas de espelhos, que provocam ilusão de ótica, deixam antever o núcleo seguinte. No total, são cinco núcleos que refletem os vários conceitos do espelho.

A exposição tem 69 obras conceptuais, desde livros, espelhos, fotografias, pinturas e dois filmes que começam a reproduzir-se quando o visitante visita o núcleo onde está inserido. "É uma junção de peças clássicas e peças contemporâneas", clarifica Leonor Nazaré, "onde existe o divertimento mas também a seriedade", acrescenta a responsável pela escolha das peças contemporâneas.

A curadoria da exposição é de Maria Rosa Figueiredo, a funcionária mais antiga da Fundação, agora reformada e com 45 anos de histórias. "Trabalhei durante muitos anos nos museus e verifiquei que nunca tinha sido feita uma exposição deste género, pelo menos que eu tenha conhecimento, no mundo inteiro!", revela a curadora. Além disso, a exposição era um antigo desejo, arrastado pelo tempo juvenil em que conversava consigo em frente ao espelho. De uma "relação de ódio-amor", como define, atualmente está resolvida com o reflexo da vida.

A exposição tem um programa recheado de atividades, desde visitas guiadas, conversas com artistas e um ciclo de conferências com Alison Smith, curadora chefe de arte inglesa do séc. XIX do Museu Nacional de Arte Moderna do Reino Unido (Tate). "Com estes nomes queremos atrair o grande público, principalmente no inverno" refere Penelope Curtis, diretora do Museu da Fundação.

A exposição abre esta quinta-feira ao público no Museu da Gulbenkian, com 69 obras (número-espelho) que incluem livros, fotografias e até dois filmes. Está patente ao público até fevereiro do próximo ano.

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