"Continuamos a viver de público", diz o vice-presidente de uma das associações cinéfilas mais antigas do país.
Corpo do artigo
Luzes projetor ação...!
Na cidade de Viseu há hoje mais de uma dezena de salas de cinema com programação regular. Apesar disso, as fitas do Cine Clube, nascido em 1955, continuam a passar. "Filmes que de outra forma não chegariam aos espectadores. Clássicos, europeus e portugueses. Tudo aquilo que se destina a contrariar as dificuldades que existem na oferta de cinema", refere o vice-presidente da associação.
"Filmes e público que essa é a razão de ser do Clube", adianta Rodrigo Francisco que esclarece a data de fundação do clube: "a primeira sessão aconteceu em dezembro de 1955 mas era para ser em outubro. Como os sócios não eram suficientes para custear as despesas, a exibição ficou para dezembro. Sempre vivemos, e continuamos a viver, de público", conta o vice-presidente do clube.
O Cine Clube de Viseu é hoje uma das instituições cinéfilas mais antigas do país onde um bilhete de cinema não custa mais do que 4 euros. A bilheteira continua a ter muita procura mas, diz Rodrigo Francisco, "a magia é a mesma".
60 anos não é coisa pouca e o CCV preparou, para os próximos meses, espectáculos de lanterna mágica, novas propostas para os mais pequenos e uma exposição inspirada no imaginário de Andrei Tarkovski. A noite do 60.º aniversário será celebrada com um realizador bem conhecido dos cinéfilos, Buster Keaton, e a estreia de um filme-concerto.
Seis décadas a passar filmes, nos últimos 16 anos com um programa de cinema para as escolas a que acrescenta um festival, uma revista e muita discussão em volta da sétima arte. Talvez por isso, quando indagados sobre se preferem pelicula ou digital a resposta seja... sala de cinema!