A exposição "Fluxos", do chileno Roberto Santandreu, mostra fotografias de tampas de esgotos de todo o mundo.
Corpo do artigo
O fotógrafo Roberto Santandreu correu o mundo no seu trabalho. Foi numa visita a Marselha que começou a reparar nas tampas dos esgotos e a fotografá-las.
Em conversa com Fernando Alves na Manhã TSF, Santandreu explica que começou a perceber que "as tampas ocultavam sempre alguma coisa" e quis ir mais longe.
O mistério do submundo, o lado estético, os "artistas frustrados" que podem estar por detrás destas tampas de esgotos. "Fluxos" mostra fotografias sempre na mesma perspetiva de um objeto do quotidiano normalmente ignorado, acompanhadas de legendas do fotógrafo. Afinal, também há beleza nas tampas de esgotos.
TSF\audio\2017\11\noticias\28\conversa_roberto_santandreu
Na apresentação da exposição, Roberto Santandreu escreve: "Nas minhas viagens registei uma série de tampas metálicas e, por vezes, de outros materiais que não são nada mais do que a manifestação superficial de toda uma estrutura submersa, oculta, indispensável ao quotidiano das nossas vidas. Água, saneamento básico, eletricidade, gás e comunicações fazem parte de qualquer conglomerado urbano das atuais civilizações. Atrevi-me a desviar a minha câmara em direção do chão e fotografei em diferentes países e cidades, entre as quais a cidade de Almada, elementos que representam esse mundo subterrâneo de que dificilmente temos a noção, mas que nos é indispensável."
A exposição "Fluxos" pode ser vista no Convento dos Capuchos, em Almada, de quarta-feira a sábado entre as 10h00 e as 18h00. Está patente até 20 de janeiro.