Em resposta ao ministro da Cultura, o Teatro Experimental do Porto (TEP) afirma que dispensa privilégios. Esta segunda-feira, em entrevista à RTP, o ministro Luís Filipe Castro Mendes afirmou que nenhuma companhia histórica ficará sem apoios do Estado.
No Fórum TSF, Gonçalo Amorim, diretor do Teatro Experimental do Porto, afirma que a instituição, que ficou de fora dos apoios do Estado para os próximos quatro anos, quer ser reconhecida apenas pelo seu mérito.
"Queremos voltar a concurso e queremos a nossa criação atual validade, porque achamos a nossa classificação injusta", declarou Gonçalo Amorim.
Gonçalo Amorim, diretor artístico do Teatro Experimental do Porto, rejeita a classificação atribuída à companhia teatral
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O diretor artístico anunciou ainda que o TEP está já tratar do recurso para garantir financiamento. No entanto, Gonçalo Amorim considera que os 2 milhões de euros disponibilizados pelo Governo não são suficientes.
Gonçalo Amorim insiste que as verbas destinadas a apoios às artes são insuficientes
Já João Brites, diretor artístico da companhia de teatro O Bando denunciou, no Fórum TSF, que os apoios estatais às artes pouco mudaram nos últimos 40 anos.
"O Bando é uma das companhias que tem apoio, ainda", sublinhou João Brites. "Um apoio equivalente ao que tínhamos em 1977 e que corresponde a 50% do apoio que tínhamos em 2010", ressalvou.
João Brites, diretor artístico d'O Bando, revela que os atuais apoios do Estado são iguais ao que eram há quatro décadas
O diretor artístico defende que é preciso um empenho sustentado da classe política nesta matéria.
João Brites diz que falta um investimento sustentado nas Artes