Finalmente o Paço Episcopal do Porto é do público

O palácio guarda histórias, retratos e peças que fazem parte da história do Porto, sendo que até ao início deste mês este era um cenário reservado para convidados do bispo da diocese, que ali habita.

Foi António Francisco dos Santos quem teve a ideia de acabar com a "clausura" do edifício. O Paço Episcopal do Porto está aberto ao público desde o início do mês de outubro, exceto aos domingos e às quartas. A TSF "embarcou" numa dessas visitas com a ajuda de Mário Almeida, o guia de serviço. Quando recebe um grupo para por instantes da entrada para explicar o enquadramento do edifício: quando começou a ser construído, os principais momentos históricos de que foi palco e as remodelações que sofreu.

A reportagem de Sónia Santos Silva, com sonorização de Joaquim Pedro

00:0000:00

Segue-se o convite para subir a escadaria de granito, que conduzem os visitantes até à primeira sala, conhecida como 'sala dos espelhos', devido aos dois imponentes exemplares do estilo barroco.

Pelos corredores fora, o público pode apreciar várias salas que até agora estavam vedadas aos olhares alheios. A fronteira com os aposentos pessoais do bispo do Porto, António Francisco dos Santos, é ténue. Por ali viver, o bispo do Porto ultrapassa, por vezes, a área dos seus aposentos e surpreende os visitantes, assumindo ele o papel de anfitrião e guia.

Para o final está reservado um "mimo para a vista". A meio de um corredor, de um lado existe uma janela aberta sobre o Douro, com a Ribeira e a marginal de Gaia aos pés, do outro, uma janela aberta para a escadaria principal do Paço Episcopal.

Para os visitantes, a abertura do palácio significa, finalmente, o acesso a uma casa que sempre suscitou olhares de curiosidade. É o caso de um grupo de quatro professoras de História que marcou dia e hora para a visita, assim que pôde. Elsa Sousa, sempre desejou entrar aqui. No final "gostei de tudo o que vi. Cada sala tem as suas características". A amiga Palmira Pinho confirmou as suas expectativas, de que a Igreja "é uma guardiã de Cultura".

O Paço Episcopal deixou, assim, de ser um espaço fechado ao público. Luís Pedro Martins, da coordenação do projeto, diz que a porta abriu-se pela conjugação de dois fatores. Por um lado o aumento do turismo na cidade do Porto, por outro a "vontade do sr. Bispo do Porto".

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de