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"Um museu etnográfico, onde esteja representada parte da vida material de um povo." É esta a primeira frase do decreto da criação do Museu Nacional de Arqueologia que celebra esta quinta-feira 125 anos. Ao longo de todo este período, aquele espaço localizado no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, reuniu alguns dos principais tesouros da arqueologia. Há peças com mais de meio milhão de anos guardas no espólio, como explicou o diretor do Museu.

"Aqui nesta reserva guardamos peças que contam meio milhão de anos de ocupação humana do atual território português. Guardamos espólio de 3160 sítios arqueológicos e temos todo o país representado", disse à TSF António Carvalho.
A jornalista Sara de Melo Rocha esteve à conversa com o diretor do Museu Nacional de Arqueologia, António Carvalho
O Museu tem várias exposições permanentes e outras temporárias. Nesta altura, há uma dedicada ao concelho de Loulé e conta a história das comunidades que o constituíram entre a Pré-História e a Idade Média.
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A exposição apresenta, por exemplo, as atas de vereação mais antigas do país, que pertencem a Loulé. Os documentos são datados de 12 de dezembro de 1384. "Guardam a memória da votação dos homens bons de Loulé, relativamente ao partido que iam tomar na crise de 1383-85", explicou António Carvalho.
António Carvalho explica o que se pode ver na exposição sobre o concelho de Loulé no Museu Nacional de Arqueologia

© Sara Matos / Global Imagens
O diretor do Museu Nacional de Arqueologia sublinhou ainda que esta é a maior reserva nacional com peças da civilização egípcia. António Carvalho recorda a viagem do antigo diretor Leite Vasconcelos, que trouxe mais de 70 peças para Lisboa.

© Sara Matos / Global Imagens
O Museu Nacional de Arqueologia guarda o maior número de peças da civilização do Egito que existem em Portugal