A obra completa demora hora e meia a ser tocada e só o manuscrito é composto por 232 páginas.
Escrita no final do século XIX, a Segunda Sinfonia de Mahler é apresentada como uma das mais monumentais e importantes sinfonias de todos os tempos. É também uma obra que exerceu um forte fascínio sobre Gilbert Kaplan, o (agora) falecido dono da partitura que vai ser leiloada.
Partitura manuscrita da Segunda Sinfonia de Mahler vai ser leiloado
Em abril de 1965 um amigo levou-o a assistir a um ensaio desta obra no Carneggie Hall, em Nova Iorque. Na altura, Kaplan era apenas um jovem economista a trabalhar em Wall Street e estava a meses de fundar a Institutional Investor, uma revista que anos mais tarde iria vender por 75 milhões de dólares.
Mas ao ouvir esse ensaio, converteu-se. Acabou por "dedicar sua vida a cumprir seu sonho de dirigir a peça com as maiores orquestras do mundo", diz a Sotheby's. Aos 25 anos, e para além da vida profissional enquanto economista, Kaplan decidiu estudar direção de orquestra e fazer-se maestro.
Acabou por conseguir comprar o manuscrito original da partitura e, ao longo de três décadas conduziu a Segunda Sinfonia de Mahler mais de cem vezes em palcos de todo o mundo, de Nova Iorque e Viena, a Salzburgo.
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É amanhã que a Sotheby"s vai leiloar a partitura.
Simon Maguire, que organiza a venda, sublinha que pode tornar-se a obra musical mais valiosa de sempre, basta que a venda supere os 3,6 milhões de euros alcançado em 1987 aquando da venda de algumas sinfonias de Mozart.