O lápis até podia ser azul, mas também foi de muitas cores, de muitas intolerâncias porque era preciso não deixar dizer tudo, como se o mundo, o nosso mundo, fosse sempre perfeito, sem qualquer contradição.
José Carlos Barreto apresenta a exposição "O que ficou por dizer"
A Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), com mais de 90 anos, tem muito riscado, proibido, sonegado. José Jorge Letria presidente da direção teve esta ideia de olhar o espólio de muitos anos de censura.
Uma exposição de 25 painéis e muitas vitrinas com documentos originais, riscados pela censura, discos proibidos e livros que não podiam ser lidos, uma recolha no longo arquivo da Sociedade Portuguesa de Autores.
O cenógrafo e artista plástico Fernando Felipe organizou os muitos documentos censurados e tudo começa no teatro de revista, onde a censura tinha uma especial atenção, mas também os livros e a música.