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Uma bactéria com 5.600 anos e um órgão de tubos com 300 são os protagonistas de um espetáculo que alia teatro e música e que tem estreia marcada para esta noite, às 21h30, em Viseu. A peça é apresentada no âmbito do festival "Solos & Solidão", promovido pela Acrítica - Cooperativa Cultural e apoiado pelo programa municipal "Viseu Cultura".
Com texto de Afonso Cruz e interpretação da atriz Daniela Marques e do músico e investigador Rui Souza, Audaxviator vai beber inspiração à bactéria com o mesmo nome que "é o único membro da sua espécie e não tem mais ninguém com quem se possa relacionar". É através desta bactéria que depois serão mostrados "outros tipos de solidão", explicou à TSF Daniela Marques, que neste processo criativo teve sempre ao lado o músico e investigador, Rui Souza.
José Ricardo Ferreira entrevistou o músico e a atriz. Com sonoplastia de Catarina Coimbra.
É a segunda vez que os dois criam um espetáculo do género. O primeiro aconteceu em Guimarães. Em Viseu, a atriz e o músico realizaram uma residência artística ao longo de duas semanas na Igreja da Misericórdia, onde a criação vai ser apresentada. Para Daniela, o processo criativo foi bem mais complicado, devido às constantes interrupções do público que visita o templo religioso, que é simultaneamente um museu.
Rui Souza teve a tarefa mais facilitada. Foi no próprio órgão de tubos da Igreja que preparou e pensou aquilo que vai mostrar esta noite."As minhas composições são sempre com aquilo que o instrumento me dá porque [os órgãos] são todos diferentes", explicou.
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