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Biniam Girmay venceu a 10.ª etapa da Volta a Itália e tornou-se o primeiro africano negro a conseguir ganhar numa grande volta de ciclismo. A comissária internacional de ciclismo, Isabel Fernandes, lembra quem deu os primeiros passos, mas atribui mérito ao ciclista eritreu.
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"Já outros naturalmente tiveram que dar os passos anteriores para isto acontecer, mas o Biniam vai além de fazer história, abrir muitas portas para que muitos mais ciclistas africanos venham a integrar equipas de alto nível", considera a comissária à TSF.
Num grupo reduzido, Girmay bateu Mathieu van der Poel ao sprint, mas já esta temporada tinha feito história quando ganhou a Gent-Wevelgem, uma das clássicas mais importantes do calendário internacional.
"Ele já tinha feito história no ano passado no Mundial, este ano na clássica e agora mais uma vez. Este é o momento mais alto do ciclismo africano. Já tivemos vários ciclistas da África do Sul a obterem resultados, mas da África negra este é o primeiro. Com certeza que isto significa muito. Aliás, as pessoas ainda nem sequer estão a ver o quanto isto significa a nível do futuro", lembra Isabel Fernandes.
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A comissária recorda à TSF os feitos da curta carreira do eritreu.
Quanto a João Almeida e aos restantes portugueses em prova, a comissária avalia o momento na prova: "O João tem estado super bem, assim como o Rui Costa e o Rui Oliveira que têm sido um contributo importante para o João. Estão a trabalhar os três excelentemente como equipa, confiantes e motivados. Penso que este é o cenário ideal para esta semana. Ou seja, não sendo o líder, a equipa não tem de assumir o controlo da corrida e não se tem de desgastar da mesma forma."
Isabel Fernandes avalia a prestação dos portugueses.
Quando faltam 11 etapas para concluir a prova, João Almeida segue no segundo lugar do Giro, a 12 segundos do líder, Juan Pedro López. Rui Costa (49.º) e Rui Oliveira (146.º) correm na mesma equipa do vice-líder da competição.