António Silva, o miúdo sereno e uma arma nas bolas paradas por quem o conhece

Aos 18 anos, António Silva conquista espaço na equipa de Roger Schmidt e ao lado de Nicolas Otamendi. Para o antigo treinador do central no Clube de Futebol Os Repesenses, o defesa tem ainda alguns atributos a melhorar, mas também pode ser uma arma importante nas bolas paradas da equipa.

Alexandre Brás reconhece nas conversas que mantém com António Silva a serenidade e confiança que o jovem já demonstrava em campo com as cores do clube Os Repesenses. Quase uma década depois, o jovem central afirma-se na equipa do Benfica com Roger Schmidt.

"O que faz hoje é o mesmo que já mostrava há oito ou nove anos. Acaba por ser evidente a tranquilidade, capacidade de progressão, a habilidade para colocar o passe que salta linhas de pressão", recorda o antigo treinador de António Silva no clube de Viseu, que tinha uma parceria com a Dragon Force do, FC Porto.

"Fez parte de uma geração que tinha bastante talento. Também ele foi beneficiado. Já naquela altura tinha uma grande maturidade, mas também capacidade para a primeira fase de construção". Talvez por isso, explica Alexandre Brás, o central marcou muitos golos nos torneios de futebol de sete.

Se o contexto era o ideal, pela capacidade dos companheiros de equipa, os atributos do jovem também sobressaíam pela "capacidade emocional que tinha, sendo um jogador com uma postura muito tranquila nos treinos, alguém que tentava perceber aquilo que podia fazer em cada momento".

Bolas paradas e evolução do jogador

António Silva tem aproveitado as ausências de Morato, Lucas Veríssimo e João Vítor para se afirmar como titular ao lado de Nicolas Otamendi. Agora treinador dos sub-15 do Tondela, Alexandre Brás acredita que António Silva vai começar a aparecer nos jogos como uma das referências ofensivas nas bolas paradas.

"Uma das coisas que podem aparecer no futuro do António [Silva] é a capacidade goleadora dele. Isto além das melhorias na capacidade defensiva. É um jogador com grande habilidade técnica no jogo aéreo. É algo que mesmo na formação do Benfica já apareceu e que, acredito, pode também valorizar o jogador numa questão estatística."

Para a evolução do atleta, Alexandre Brás acredita que a transição para a equipa principal vai significar uma transformação física e das capacidades defensivas. "No papel de defesa central vai ganhar mais velocidade, mais peso para enfrentar os duelos de um para um", sublinha o treinador de futebol. "Mas a forma como ele chega ao plantel principal é elucidativa do percurso que veio a fazer. Eu acho que ele sempre acreditou que isto iria acontecer", explica Alexandre Brás.

"É um sonho que ele está a viver, mas um sonho tornado realidade. Ele já vincou isso, e numa ou outra vez que tenho falado com ele, o António tem sublinhado isso. Ele trabalhou para viver isto e fazer dupla com um jogador como o Otamendi é algo que ultrapassou as expectativas, tanto as dele como as de quem trabalhou com ele."

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