O amor trouxe a iraniana Sépideh Radfar para Portugal. No dia do jogo entre os dois países, a diretora do Centro de Iranologia confessa que tem "o coração partido".
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Irão e Portugal têm "raízes no meu coração", afirma Sépideh Radfar, a diretora do recém-inaugurado Centro de Iranologia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Um sonho antigo, o Centro quer promover as relações entre os dois países, através de ciclos de conferências, cinema e concertos, além de cursos de língua persa , projetos de tradução, bolsas de estudo e até a publicação de uma antologia de literatura persa.
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Sépideh Radfar sublinha que Portugal e o Irão têm muitos pontos em comum, lamentando que a política de vistos não seja mais dinâmica, porque "o consulado português não dinamizou meios". Em dia de Portugal-Irão, a diretora do Centro de Iranologia tece elogios rasgados a Carlos Queirós - Koorosh, na versão iraniana. "É um grande treinador, alguém que ama o seu grupo e que está plenamente integrado na cultura persa. Está e estará no coração dos iranianos."
Os elogios estendem-se a Cristiano Ronaldo, "exemplo de um grande jogador na sua perfeição humana", e à qualidade dos jogadores iranianos, que tal como os portugueses "nunca perdem a dignidade" e "não são agressivos. Por isso, Sépideh Radfar fala em duas equipas "com classe especial", que irão proporcionar um "bom espetáculo desportivo".
Para seguir a partida, a directora do Centro de Iranologia preparou uma refeição para cerca de 15 pessoas, apenas com pratos iranianos típicos, como o lubia polo, arroz misturado com frango, feijão verde, canela e açafrão; carne picada com beringela e queijo, regados com chás frescos e uma mistura de limão laminado, pepino e hortelã. No final, espera-se um brinde ao fair play. Do fundo do coração.