O ex-presidente do Sporting considera normal a onda de contestação à saída de Marco Silva. Com conhecimento de causa, afirma que as sucessivas oposições internas não ajudam o Sporting. Pode não concordar com a forma como Marco Silva sai do Sporting, mas também afirma que a contratação de Jorge Jesus, ou era feita agora, ou nunca mais seria conseguida.
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"Isto é futebol", foi uma das primeiras frases de Jorge Gonçalves nesta entrevista à TSF. O ex-presidente do Sporting, que ficou conhecido como "bigodes", poucas dúvidas tem quanto à oportunidade da contratação de Jorge Jesus: "O Bruno de Carvalho, achou que agora havia uma hipótese de ir buscar o Jesus, e seria a única vez que ele ou outro o conseguiria, e arriscou. Caí-lhe em cima o "Carmo e a Trindade". Agora veremos o que irá acontecer", referiu o ex-presidente, que fez questão de vincar que não toma nenhum partido nesta polémica. Apenas pretende que o Sporting ganhe.
Jorge Gonçalves não pretende tomar uma posição quanto ao despedimento de Marco Silva, justificando que "não estou na posse de todos os elementos, embora possa não parecer uma posição bonita".
Não se mostra contra a contratação de Jorge Jesus, de quem é amigo e que todos os anos "encontro em Angola, e a quem como sportinguista, sempre disse que estaria melhor no Sporting".
O ex-dirigente também sentiu na pela contestação de diversos setores "leoninos" quando era presidente, pelo que tem uma ideia formada quanto de como tudo funciona.
"O Sporting tem um ADN complicado, que passa pela oposição e pela intriga. Quem quer que seja que esteja no clube, é criticado. Estamos num País que é livre e democrático, mas o futebol é algo de muito complicado, e é um negócio para os mais espertos. O Sporting não tem sido tão esperto como os outros. A oposição interna é uma das coisas que mata o clube", concluiu Jorge Gonçalves nesta entrevista à TSF.