O proprietário dos Los Angeles Clippers, Donald Sterling, negou ser racista e assegurou que não pode ser forçado a vender a sua equipa da Liga Norte-americana de Basquetebol (NBA), de acordo com uma conversa telefónica revelada hoje.
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«Eu não sou racista e tu sabes que eu não sou racista, como é que posso estar no negócio da NBA e ser racista? O que é que achas que eu digo ao treinador, para escolher os brancos ou para escolher sempre os melhores?», questionou Sterling ao seu interlocutor, durante uma conversa telefónica revelada pelo sítio da internet norte-americano RadarOnline e citada pela agência AFP.
A polémica começou quando Sterling, numa conversa difundida pelo portal norte-americano TMZ, pediu à sua namorada que não tornasse pública a sua relação com negros e que não os levasse aos jogos no pavilhão dos Clippers, depois de ela ter publicado no Instagram uma foto em que aparece ao lado de Magic Johnson, antiga estrela dos Los Angeles Lakers.
Como consequência dos comentários racistas, a 29 de abril, Donald Sterling foi banido para sempre e multado em 2,5 milhões de dólares devido aos comentários racistas, tendo o comissário da NBA, Adam Silver, dito que iria pressioná-lo a vender os Clippers
«Nos Estados Unidos ninguém pode ser forçado a vender propriedade», disse Sterling acerca da suposta pressão para vender os Clippers.
O empresário é dono dos Clippers desde 1981, um "franchise" que está atualmente avaliado em 575 milhões de dólares.