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"Bom senso". São estas as palavras-chave para o presidente do Futebol Clube do Porto, a propósito do regresso da primeira liga de futebol. E bom senso porquê? Porque o parecer da Direção-Geral da Saúde, na opinião de Pinto da Costa, tem alguns exageros.
Realçando não compreender o porquê de proibir um profissional de futebol de conviver, o presidente do Futebol Clube do Porto considera "injustificada" a obrigação de confinamento para os jogadores de futebol e afirma que os especialistas no ramo da medicina "dizem que há ali coisas que não se compreendem".

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"Se a norma de conduta não vier complicar, acho que há todas as condições para voltar o futebol. Se o futebol não puder voltar, não pode voltar atividade nenhuma. Corre mais perigo qualquer funcionário de um restaurante do que um jogador que está entre a casa dos 20 e 30 anos, que tem alimentação cuidada e cuidados médicos da máxima atenção. Como é que pode correr mais perigo do que qualquer funcionário de outras atividades?", questiona o presidente dos dragões para quem estão a ser criados "exageros". Daí a necessidade de prevalecer o bom senso, nota Pinto da Costa.
Para o presidente do Futebol Clube do Porto, num cenário em que não seja retomado o campeonato, "o que se jogou não podem anular". Por isso mesmo, Pinto da Costa dá o exemplo de campeonatos que já terminaram, como em França, nos quais o primeiro classificado no momento da paragem é consagrado campeão. Ou até mesmo a segunda liga em Portugal: "Não vejo poder ter um critério para a segunda liga e para a primeira já era diferente. Ou então, por decreto, dizerem que o campeão é este. Se for por decreto, depois vê-se...", nota.
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E é aqui que Pinto da Costa reserva a farpa para Augusto Santos Silva que, no parlamento, gracejou com uma máscara cirúrgica do avesso e falou em "aversão ao azul". Algo que o presidente do FC Porto não deixou passar em claro: "Vimos um ministro a dizer publicamente que tinha aversão ao azul, a propósito de uma máscara... Se for esse ministro a decretar, o FC Porto não seria campeão. Não sei se ele se referia ao FC Porto, que ele não o disse, se calhar era ao céu que se referia, se calhar gosta mais do inferno que é vermelho", ironiza à saída de uma audiência com Marcelo Rebelo de Sousa.
O responsável dos dragões foi recebido numa comitiva do Porto Canal para falar com o Chefe de Estado sobre os media, mas as declarações à imprensa que se seguiram ficaram marcadas pela situação do regresso do campeonato. Até o número de jornalistas duplicou, em comparação com as audiências anteriores.