Benfica e FC Porto empataram, esta quinta-feira, 1-1 no estádio da Luz com dois golos sul-americanos: Everton, na primeira parte, e Uribe, na segunda, construíram o resultado.
Com este resultado, o FC Porto fica a oito pontos do líder Sporting e mantém a vantagem de quatro para o Benfica.
Feitas as contas, é o Sporting quem mais beneficia com este resultado: basta uma vitória na próxima terça-feira, em Alvalade, frente ao Boavista para conquistar o título de campeão da Primeira Liga.
Sem poder contar com Corona, Sérgio Conceição optou por lançar Luis Díaz no onze azul e branco. Já Jorge Jesus - que tinha adiantado que o colombiano ia ser titular - lançou Diogo Gonçalves no onze inicial do Benfica, recuperando a defesa a três com dois laterais muito projetados.
Com nove faltas aos 15 minutos - seis delas cometidas pelo FC Porto - era pouco o fio de jogo na Luz. Sérgio Oliveira acabou por ser o primeiro amarelado do fim de tarde depois de uma entrada sobre Everton. Mas os alarmes soariam mesmo aos 19'.
Mbemba descobre Marega nas costas de Vertonghen e lança-o pelo corredor direito. O maliano recolhe a bola e tira um bom cruzamento para Taremi que, em esforço, acaba por desviar a bola no sentido contrário ao da baliza de Helton Leite.
Mas depois do perigo de Marega, houve invenção de Everton. Tirou Uribe e Mbemba da frente, aproveitou um ressalto de bola de Rafa após desarme de Sérgio Oliveira e, de fora da grande área, rematou sem hipótese para o fundo da baliza de Marchesín (23').
Desbloqueado o marcador, veio o empate no que diz respeito a disciplina: Weigl via o amarelo aos 31' e os dois médios mais defensivos em campo passavam a ter de medir melhor as suas ações.
E, se a caminho do intervalo, a posse de bola era praticamente a mesma entre as duas equipas, o número de remates contava outra história: os dragões somavam cinco - zero à baliza - contra apenas dois das águias - um deles à baliza.
Foi já aos 45'+1' que voltou a haver perigo. O Benfica sai em contra-ataque através de Pizzi após um canto mal batido pelo FC Porto e o médio português solta Rafa em profundidade. O avançado disparou em direção à grande área, caiu e é assinalado penálti, mas faltava ouvir o VAR.
Revistas as imagens, voltou tudo atrás: Rafa tinha partido em posição de fora de jogo e as equipas recolhiam ao balneário com o 1-0 no marcador. Manafá, que tinha visto um cartão amarelo pela falta, também o viu ser anulado.
Sem alterações em qualquer das equipas, o FC Porto entrava na segunda parte a precisar de, pelo menos, anular a vantagem encarnada. Marega deu o primeiro aviso aos 49' quando, descaído sobre a direita, rematou para defesa de Helton Leite.
Mas foi de novo o Benfica quem soube aproveitar o balanço do jogo. Depois uma pressão muito alta de Lucas Veríssimo, Diogo Gonçalves disparou para o interior da grande área, onde foi parado por Zaidu. Soares Dias apitou para grande penalidade mas, depois de ter visto as imagens do VAR, acabou por anular a jogada. O lateral do Benfica tinha pisado Zaidu.
Sérgio Conceição tinha de tirar notas. A pressão do Benfica tinha nascido de novo de um contra-ataque encarnado após um pontapé de canto desperdiçado pelo FC Porto e Rafa não pedia licença para usar a velocidade perante mais de meio-campo livre.
Com 60' corridos, o jogo voltava a concentrar-se no meio-campo e tornava-se mais agressivo: Lucas Veríssimo, Rafa e Pepe viam o amarelo.
Jesus lançava Taarabt e Gabriel para o lugar de Weigl e Rafa. Conceição respondia com Toni Martínez e João Mário para o lugar de Marega e Zaidu. Helton Leite via, aos 70', amarelo por atrasar um pontapé de baliza.
O FC Porto aproveitou para crescer no jogo, ocupou o espaço em frente da grande área encarnada e chegou mesmo ao empate. João Mário tirou Taarabt do caminho e cruzou para o interior da grande área onde surgiu Uribe, de primeira, a rematar para o empate (75').
Cinco minutos depois chegava o primeiro momento de grande confusão deste clássico: Pepe faz falta sobre Seferovic, os jogadores do Benfica pedem o segundo amarelo, mas Rui Costa acaba por ser expulso do banco encarnado. Pizzi também acabou por ver o amarelo.
Jogavam-se as cartadas finais: Evanílson e Francisco Conceição por Taremi e Sérgio Oliveira no FC Porto. No Benfica, Darwin por Everton.
Taarabt ainda deu esperança aos encarnados: corria o minuto 90' quando atirou à trave. Segundos antes, Francisco Conceição e Evanílson tinham criado o caos na grande área encarnada.
Pizzi tinha outras ideias. Gabriel lançou Darwin, que procurou o corredor central, onde surge Diogo Gonçalves. O português deixou para Pizzi que, descaído para a direita, atirou rasteiro para o fundo da baliza.
Revistas as imagens, Artur Soares Dias anulou toda a jogada por fora de jogo de Darwin: foram 30 centímetros e acabou tudo logo a seguir.
Onze do Benfica: Helton Leite; Lucas Veríssimo, Otamendi e Vertonghen; Diogo Gonçalves, Pizzi, Weigl e Grimaldo; Rafa, Seferovic e Everton.
Onze do FC Porto: Marchesín; Manafá, Mbemba, Pepe e Zaidu; Luis Díaz, Sérgio Oliveira, Uribe e Otávio; Marega e Taremi.
O jogo foi arbitrado por Artur Soares Dias, assistido por Rui Licínio e Paulo Soares. No VAR esteve João Pinheiro.
Suplentes do Benfica: Vlachodimos, Gilberto, Nuno Tavares, Gabriel, Taarabt, Chiquinho, Pedrinho, Waldschmidt e Darwin.
Suplentes do FC Porto: Diogo Costa, Diogo Leite, Grujic, Romário Baró, Fábio Vieira, João Mário, Francisco Conceição, Evanilson e Toni Martínez.
