Benfica SAD confirma acusação de fraude fiscal

O clube, o antigo presidente e o administrador da SAD estão a ser acusados pelo Ministério Público no âmbito do processo Saco Azul.

A Sport Lisboa e Benfica - Futebol, SAD confirma que foi acusada de fraude fiscal, numa nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A acusação tem "por inerência e entre outros, membros que integraram o seu Conselho de Administração no mandato 2016 a 2020, um dos quais se encontrando ainda em funções sido também acusados da mesma infração, bem como de falsificação de documentos instrumentais daquela imputada fraude fiscal".

"O processo corre os seus termos e será oportunamente exercido o direito de defesa de acordo com a tramitação legal", acrescenta a mesma nota.

Esta terça-feira o Jornal de Notícias avançava que o Ministério Público deduziu acusação contra a Benfica SAD, a Benfica Estádio, o antigo presidente do clube Luís Filipe Vieira e o ainda administrador da Benfica SAD Domingos Soares de Oliveira por crimes de fraude fiscal qualificada, no âmbito do chamado processo Saco Azul.

Miguel Moreira, antigo diretor financeiro e administrador da SAD do Benfica, também estará acusado, assim como o empresário José Bernardes e a sua pequena empresa de informática Questão Flexível.

Os administradores do Benfica terão desviado 1,6 milhões de euros para a empresa de José Bernardes, o único arguido que está acusado de branqueamento de capitais, com "perfeita consciência de que as faturas emitidas pela Questão Flexível em benefício das sociedades Benfica, SAD, e Benfica Estádio, S.A., não titulavam quaisquer operações económicas".

Estas faturas, apelidadas de "faturas de favor", pelas quais José Bernardes cobraria 11% do valor, apenas terão servido para fazer sair dinheiro da esfera do Benfica. À medida que entravam valores avultados com origem nas sociedades Benfica SAD e Benfica Estádio, esses mesmos valores eram imediatamente levantados ao balcão através de cheques em caixa.

O Expresso detalha que a investigação a cargo da Polícia Judiciária não conseguiu descortinar o que aconteceu ao dinheiro que terá servido para encher o Saco Azul que deu nome à operação. O procurador Hélder Branco suspeita que a rota de fuga ao fisco, alegadamente liderada por Luís Filipe Vieira, ia até o Dakar, no Senegal.

O antigo presidente do Benfica está acusado de três crimes de fraude fiscal qualificada e 19 de falsificação de documento. O Ministério Público reclama 585 mil euros aos arguidos. O valor inclui 116 mil euros à SAD do Benfica e 307 mil à Benfica Estádio.

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