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Uribe trouxe a boa e a má notícia. Foi ele que criou superioridade numérica nas zonas de finalização, após lançamento lateral, e que fez o primeiro golo. Nesse mesmo lance, lesionou-se e deixa a dúvida se estará disponível para a final da Taça de Portugal.
O colombiano abriu a porta para o regresso à competição de Sérgio Oliveira, essa é a boa notícia, também ele ainda na primeira parte, fez o mesmo, criou superioridade em zonas de finalização e fez o segundo golo na partida, bem anulado pela intervenção do VAR.
Esse foi o momento final de mais uma jogada do manual de bem jogar do Porto de Sérgio Conceição, o seu grande mérito é a utilização deste manual de forma regular em cada jogo e em vários jogos consecutivamente.
Confiante, dinâmico e sólido...foi assim o campeão até ao intervalo.

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O Braga apresentou-se sem surpresas no onze, com Fransérgio nas costas de Paulinho e com a dupla Palhinha/André Horta mais recuada no meio campo. Apesar do reforço do miolo, nos primeiros 45´ não foram os bracarenses capazes de ter bola, faze-la chegar em condições dos seus desequilibradores Trincão, pela direita, e Ricardo Horta pela esquerda, fazerem a diferença nem com o auxílio de Paulinho que raramente foi capaz de ser o farol no ataque minhoto.
Os zero remates enquadrados à baliza até ao intervalo comprovam a inoperância ofensiva dos comandados de Artur Jorge.
O técnico compreendeu que a insuficiência ofensiva era em grande parte consequência da incapacidade de igualar a atitude competitiva do dragão e na pouca capacidade da sua equipa pressionar o adversário, impedindo uma circulação fluida da bola, ao mesmo tempo que perdia duelos consecutivamente.
Fez entrar Fabiano para o lugar de Pedro Amador, passando Esgaio para a esquerda da defesa, bem como Samuel Costa para o lugar de André Horta aumentando a robustez e capacidade de pressão no miolo adversário.
Equilibrou as forças na luta do meio campo, Fabiano ganhou a falta que permitiu, na sua sequência, num remate de ressaca de Ricardo Horta, igualar a partida e mais do que relançar a corrida ao pódio injectou confiança na equipa que seria possível vencer o campeão que tinha acabado de ver sair Luis Díaz condicionado fisicamente.
Fransérgio avisou na sequência de uma canto, onde Diogo Costa começou a demonstrar a sua enorme qualidade. Se o poste, no segundo momento foi seu aliado para impedir que o brasileiro adiantasse os arsenalistas no marcador, na sequência da jogada e já após a insistência de Fabiano, Trincão serviu mesmo o seu companheiro para um remate que colocava o Braga no pódio.
O jovem guardião portista não se deixou abalar e com Ricardo Horta isolado à sua frente, segurou o Porto no jogo.

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Revelou ser fundamental para garantir a incerteza do resultado até ao fim mas não foi acompanhado pelos seus companheiros mais adiantados no terreno que deixaram de ter a fluidez de jogo que lhes permitisse agredir a última linha adversária, tornando Matheus pouco mais que um espectador privilegiado do segundo tempo.
A urgência do resultado convidou Artur Jorge a ser cauteloso e fechou a sua baliza a sete chaves, com a entrada de Raul Silva para uma linha de cinco defesas, três centrais, garantido a superioridade aos dois avançados azuis, Zé Luís e Fábio Silva.
No jogo dos bancos Artur Jorge levou a melhor, porque soube dar à equipa o que ela precisou a cada momento, Sérgio Conceição procurou fazer o mesmo contudo foi demasiado evidente que também o treinador teve a final da Taça de Portugal como prioridade, quando evitou, e bem na perspetiva portista, agravar a condição física de Soares e Luis Díaz, retirando-os do jogo. Bem disse Conceição que não era possível preparar, bem, dois jogos ao mesmo tempo.
* Comentador TSF