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O vice-presidente do Sporting, Carlos Vieira, confirma que o clube está a atravessar uma grave crise financeira, por causa da instabilidade vivida em Alvalade.
A atual direção enfrenta este sábado uma das mais polémicas assembleias-gerais da história do clube, que tem como objetivo a destituição do presidente, Bruno de Carvalho.
Numa entrevista ao Diário de Notícias , Carlos Vieira acusa o maior acionista da SAD, o clube, de ser o principal responsável pela instabilidade.
"Temos situações em que qualquer parceiro ou CMVM retrai-se com argumentos, porque entende que não estão garantidas as condições de segurança financeira para emissão de empréstimo obrigacionista" afirma Carlos Vieira, braço direito de Bruno de Carvalho.
Sobre as rescisões de nove jogadores do plantel leonino, Carlos Vieira explica que "nenhum clube arriscará contratar" esses atletas sem antes abordar o Sporting.
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"Consideramos que foram ilegítimas e ilegais as rescisões. Nenhum clube vai assumir o risco de contratar esses jogadores sem falar com o Sporting", sublinha Carlos Vieira que não explicou o facto de não terem sido comunicadas à CMVM as rescisões de Rafael Leão e Battaglia.
"Muitas das coisas vão-se decidir em tribunais arbitrais em que há um modelo de justiça salomónica, os jogadores tinham cláusulas de rescisão, é isso que o Sporting vai pedir."
Nesta entrevista, o homem forte das finanças garante que o clube vai ter uma redução efetiva de custos na próxima temporada e confirma ainda o acordo com uma entidade internacional para comprar a dívida do Sporting.
Carlos Vieira vai enfrentar a AG de destituição, que se realiza este sábado no Altice Arena.
"Tenho a minha consciência pessoal e profissional, acho que fizemos um bom trabalho, até alguns que depois saíram e alguns compreendo. Não vou falar sobre o futuro, estou focado em resolver esta instabilidade financeira."