Central canhoto capaz de colocar a bola onde quer. João Muniz às ordens de Amorim aos 17 anos

Aos 17 anos (faz 18 em junho), João Muniz conquistou espaço na equipa de juniores do Sporting que luta pela Youth League. Rúben Amorim já chamou o jogador aos treinos da equipa principal.

Titular na equipa de juniores que faz história na Youth League e na seleção sub-19 que acaba de garantir o apuramento para o próximo europeu do escalão, João Muniz tem sido presença assídua nos treinos da equipa principal do Sporting. Na TSF, um antigo treinador do central canhoto identifica potencial no jogador para se afirmar na equipa de Rúben Amorim.

André Martins orientou João Muniz quando este tinha 13 anos. Jogava no escalão de sub-15 no clube O Pinguinzinho, em Santa Comba Dão. "O que lhe digo, nos contactos que mantemos, é o que lhe explico agora: ele tem de continuar a trabalhar, porque a oportunidade irá chegar. Hoje tem jogo nos sub-19, amanhã tem treino no Sporting. É o dia a dia dele, agora. Estamos todos a torcer para que ele consiga chegar a uma posição na equipa principal", disse.

Com ele foi amor ao primeiro passe. "Foi uma agradável surpresa. Um rapaz humilde, que vinha para fazer o primeiro ano no clube, para ele e para mim, no Pinguinzinho. Logo no primeiro treino, lembro-me da alegria do miúdo, que recebe uma bola no pé esquerdo, que ainda não tinha o 1 metro e 93 que tem hoje, e que faz um passe entre linhas, com o qual, eu próprio fiquei espantado ao ver um miúdo de 13 anos fazer um gesto daqueles", revela André Martins.

João António Nascimento Muniz é filho de um antigo futebolista, Vagner Muniz. Foi do Pinguinzinho que deu o passo seguinte na carreira, rumo a Lisboa.

"A grande ferramenta que conseguimos passar foi uma mudança de mentalidade, ao disputar um campeonato nacional onde lutamos pela manutenção. Vimos o crescimento de um jovem que estava habituado a jogar com a bola no pé, sempre num momento ofensivo, e que passou a defender bem", lembra o técnico.

"Chegou a fazer treinos do SC Braga e no Futebol Clube do Porto, sempre com o consentimento do clube. Não se trata de ter sido rejeitado [por esses clubes nos quais foi treinador]. No futebol de formação há momentos em que um jogador consegue e outro não. Mas fez o caminho dele, nunca caiu por não ficar num clube ou noutro. Ajudou sempre o Pinguinzinho." E também os companheiros de equipa com quem mantinha uma relação muito próxima.

"O momento chave é a chamada ao torneio Lopes da Silva, em que o Sporting percebe que tem ali um atleta que poderia ser uma mais-valia. Mas não foi fácil. Foi para o Sporting e lesionou-se num treino (...). Acabou por voltar para o Pinguinzinho para a primeira metade da temporada, e depois, em janeiro, foi para Lisboa", relata André Martins.

Canhoto, João Muniz estava ainda em fase de crescimento - altura e velocidade: "Não era um central muito rápido - embora compensasse isso com o posicionamento - mas hoje parece-me mais veloz. Voltou a ter o conforto de jogar numa equipa que joga mais com a bola, mais tempo no ataque."

"É um jogador que pode fazer uma assistência a 70 metros para um avançado, porque ele procura muito esse tipo de passe. E há ali um segredo que um dia o Rúben Amorim vai descobrir: ele bate muito bem os livres, no Sporting ainda não o vi, mas sei que ele o faz muito bem."

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