O clube de futebol saudita Al Ahly anunciou esta segunda-feira que cancelou o contrato de patrocínio com a Qatar Airways, depois da Arábia Saudita e outros países terem cortado relações diplomáticas com o Qatar.
"O Al Ahly anuncia a quebra do contrato com a Qatar Airways", anunciou o clube de Jeddah através da rede social Twitter, onde deu a conhecer a rutura com a companhia aérea de bandeira do Qatar, que também patrocina os espanhóis do FC Barcelona.
A decisão, continuou o clube, deve-se à intenção de se manterem "alinhados com as decisões do governo saudita".
O contrato entre as duas partes, celebrado pela primeira vez em 2014, tinha sido renovado em maio e duraria até 2020.
A decisão surge horas depois do corte de relações da Arábia Saudita, Egipto, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Líbia e Iémen com o Qatar.
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Este grupo de países acusou o Qatar de apoiar organizações terroristas como a Irmandade Muçulmana, o Estado Islâmico e a Al Qaeda, e de violar os compromissos e acordos internacionais.
Em resposta, o Qatar afirmou ser "um membro ativo" do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), composto pelo Kuwait, Qatar, Omã, Bahrein e Arábia Saudita, e que está "comprometido com os seus acordos, respeita a soberania de outros países e não intervém em assuntos internos".
A Qatar Airways suspendeu todos os voos para a vizinha Arábia Saudita até nova decisão, na sequência da rutura de relações e o encerramento das fronteiras entre os dois países, informou a companhia aérea em comunicado divulgado na sua página digital.
O Egito anunciou também hoje a suspensão das ligações aéreas com o Qatar a partir de terça-feira, segundo um comunicado do ministério da Aviação Civil. Seis companhias aéreas do Golfo anunciaram já hoje decisões semelhantes.
Na sequência da decisão inicial dos quatro Estados árabes, a que se seguiu já hoje o Iémen, as Maldivas e o governo interino da Líbia, os cidadãos do Qatar têm agora 14 dias para deixar a Arábia Saudita, os EAU e o Bahrain, enquanto os cidadãos destes países estão proibidos de se deslocarem ao país agora proscrito pelos seus governos.