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O ginasta português Diogo Abreu falhou este sábado o acesso à final na ginástica de trampolins dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, ao repetir um erro que já tinha feito no Rio 2016 para acabar no 11.º lugar.
No Centro de Ginástica de Ariake, o atleta luso de 27 anos conseguiu um total de 93.420 pontos, a mais de 20 pontos do primeiro classificado, o bielorrusso Ivan Litvinovich, falhando a final, marcada para as 14h50 locais (06h50 de Lisboa).
"A primeira série foi boa, alguns pormenores podiam ser melhores, mas a nota foi boa e estava numa boa posição. Estava confiante para a série 2, sabia que se fosse boa podia apurar-me para afinal. Os treinos estavam a correr bem. [...] [A segunda] começou bem, centrado no trampolim, mas infelizmente houve um erro num salto, qualquer coisa, que fez com que saísse fora do trampolim, e aqui, quando se sai fora, já não temos hipótese de repetir ou continuar, e ficamos com uma nota bastante mais baixa", explicou depois da prova.
Apesar de ter ainda tentado "um salto mais simples", para reequilibrar, já não conseguiu, até porque "há muitos fatores que influenciam os saltos" e afetam a performance.
Na primeira série, de exercícios obrigatórios, registou 52.135 pontos, o sétimo melhor registo, o que o colocaria na final, destinada aos oito melhores.
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Na segunda rotina, os exercícios livres, aconteceu-lhe o mesmo que no Rio 2016, ao sair fora do trampolim, conseguindo apenas 41.285 pontos, o que, somado, chegou para o 11.º melhor registo entre os 16 participantes, primeiro abaixo, ainda, dos dois reservas.
A penalização tirou-o do sétimo lugar, em que tinha acabado a primeira rotina, e atirou-o para o 11.º, numa qualificação azarada para vários atletas, muitos deles com o mesmo destino do português.
Apesar do resultado negativo, conseguiu melhorar em relação ao 16.º do Rio 2016, em que se estreou e também saiu do trampolim à segunda, com o ginasta luso a ancorar-se em "bastantes bons resultados nas últimas provas internacionais".
"Foi sempre melhor do que no Rio, mas estamos aqui para fazer os 10 saltos das duas séries, vou ficar obviamente triste. O meu balanço positivo tem mais a ver com a experiência de estar aqui, após um processo bastante mais longo do que o normal para me apurar", lembrou.
Para a frente, tenciona "continuar até Paris 2024 e tentar o apuramento", se continuar a reunir condições para isso, agradecendo à federação, ao Comité Olímpico de Portugal e ao Sporting.
"Nem tinha sonhado vir a uns Jogos Olímpicos, quanto mais a dois", brincou. É a segunda participação olímpica de Diogo Abreu, depois do 16.º lugar no Rio 2016.