O Sporting entrou em Chaves no quarto lugar e saiu de lá no terceiro. A vitória por 3-1, aliada à derrota do Braga frente ao FC Porto , permitiu aos leões chegarem ao terceiro posto da Liga Portuguesa, em igualdade pontual com os arsenalistas.
Luiz Phellype, por duas vezes e Bruno Fernandes, que fez o 25.º golo da época, foram a solução para um jogo desnecessariamente confuso, fosse por culpa das equipas ou do árbitro Manuel Mota.
Entrou melhor o Sporting que, logo aos 30 segundos da partida, conseguiu ter uma oportunidade de golo por Acuña. O argentino foi desmarcado por Bruno Fernandes - que estava em dúvida - mas acabou por atirar ao lado da baliza.
Nos primeiros minutos da partida foi no meio-campo que esteve a chave do jogo. Gudelj era a unidade mais defensiva - e destrutiva - do Sporting, enquanto no Chaves eram Bruno Gallo e Jefferson quem tentava controlar o espaço. Por isso, Mathieu juntava-se, em posse, ao miolo sportinguista.
À falta de chegada à grande área, foi Gudelj quem tentou começar a resolver o jogo. De fora da grande área, o médio sérvio obrigou António Filipe a aplicar-se para lhe negar o primeiro golo da partida.
Pelo meio-campo andava um homem em celebração: Bruno Fernandes cumpriu, este sábado, 100 jogos pelo Sporting.
A melhor oportunidade do Chaves chegou aos 19': canto batido a partir do lado direito do ataque e a bola acaba por ressaltar em Ristovski. Os jogadores flavienses argumentam que o macedónio terá tocado a bola com o braço, mas Manuel Mota discordou e mandou seguir a partida.
Não marcou o Chaves, aproveitou o Sporting. Ristovski dá a Raphinha, que passa a Bruno Fernandes. O médio português dá para a linha final onde aparece Ristovski, que cruza para o centro da grande área onde surge Luiz Phellype.
O brasileiro só precisou de encostar, fazendo assim o primeiro golo da partida e estreando-se a marcar com a camisola dos leões ao 12.º jogo.
Ristovski, a cumprir o jogo 50 pelo Sporting, fez a terceira assistência da temporada.
O Chaves podia ter chegado ao empate um par de minutos depois. Numa jogada de entendimento pelo lado direito, Rúben Macedo cruzou para o interior da grande área, onde Coates, com um corte in extremis, tirou o pão da boca a André Luís.
A transição ofensiva sportinguista foi, neste jogo, uma máquina bem oleada. Wendel era o passador de serviço e, ora servindo Raphinha, ora Acunã, fazia mexer o jogo leonino dando espaço e tempo a Bruno Fernandes para procurar zonas mais adiantadas. O problema era que, no momento de defender, os leões viam-se demasiadas vezes em maus lençóis.
O intervalo chegou sem que o resultado se alterasse: 1-0 para o Sporting, valia o golo de Luiz Phellype. A vantagem leonina era justificada com 57% de posse de bola e oito remates (dois enquadrados).
A segunda parte começou da pior forma para o GD Chaves. Jefferson, que já tinha visto um amarelo na primeira parte, entrou sobre Gudelj de forma agressiva e fora de tempo. Manuel Mota não teve dúvidas e mostrou o segundo cartão amarelo ao médio defensivo brasileiro, que deixou os flavienses reduzidos a dez unidades aos 52'.
Com o orgulho ferido, o Chaves foi à procura do empate e encontrou-o mesmo. Bruno Gallo faz um passe para as costas da defesa do Sporting, que é completamente batida por André Luís. O avançado, na cara de Renan, desviou a bola para dentro da baliza e, aos 60', fez o empate.
André Luís fez assim o quinto golo da época e o terceiro na Liga. Não fazia o gosto ao pé desde janeiro.
O azar decidiu, então, bater à porta do Chaves. António Filipe cai mal depois de recolher uma bola batida a partir de um pontapé de canto e não consegue recuperar, sendo traído pelo pé esquerdo. Entrou Ricardo Nunes, que não jogava desde dezembro de 2018, para o seu lugar. No Sporting, ao mesmo tempo, entrava Jovane para o lugar de Borja, com Acuña a recuar no terreno.
Aos 79', o suspeito de sempre devolveu a vantagem ao Sporting. Canto batido de forma curta para Acuña, que envia a bola para a entrada da grande área. Lá, Bruno Fernandes teve tempo para tudo: viu a bola chegar, tirou medidas à baliza e, com um vólei, fê-la bater duas vezes no relvado no caminho para o fundo da baliza. O Sporting regressava à vantagem aos 80' com o golo 25 da época (14 no campeonato) de Bruno Fernandes.
Com este golo, o médio igualava Bas Dost e Dyego Sousa no segundo lugar da lista de melhores marcadores da Liga.
Vermelho para o Chaves. Não, afinal é para o Sporting
Se a noite do Chaves estava a ser para esquecer, pior ficou após a expulsão por vermelho direto de Maras. Raphinha, isolado, seguia para a baliza antes de ser parado pelo sérvio em falta, entendeu Manuel Mota. O Chaves ficava reduzido a nove... Não, afinal não.
Manuel Mota foi ao VAR ver que, no início da jogada, Ristovski tinha varrido Niltinho junto à grande área do Sporting. Ou seja: vermelho retirado a Maras e mostrado sim a Ristovski. Aos 86', ambas as equipas ficavam com dez jogadores. Depois deste episódio, o tempo extra ficou cifrado nos 11'.
Até ao final do jogo ainda houve tempo para os anfitriões pedirem um penálti de Acuña sobre Bruno Gallo, mas Manuel Mota não teve o mesmo entendimento. Houve também lugar para um festival de cartõe amarelos, depois de um arrufo entre Bruno Fernandes e Niltinho.
E ainda para um golo: Luiz Phellype surge isolado e descaído para o lado direito e, à saída de Ricardo, matou o jogo com um 3-1. Depois sim, Manuel Mota acabou a partida.
Luiz Phellype marcou o primeiro golo da partida aos 24'.
André Luís empatou a partida aos 60'.
Bruno Fernandes fez o 2-1 aos 80'.
O golo de Luiz Phellype que decidiu a partida, aos 101'.
Onze do GD Chaves: António Filipe, Paulinho, Campi, Maras, Luís Martins, Jefferson, Bressan, Bruno Gallo, Rúben Macedo, André Luís e William
Onze do Sporting CP: Renan, Ristovski, Coates, Mathieu, Borja, Gudelj, Wendel, Bruno Fernandes, Raphinha, Acuña e Luiz Phellype
Suplentes do GD Chaves: Ricardo; Hugo Basto, Ghazaryan, Costinha, João Teixeira, Niltinho e Luther Singh
Suplentes do Sporting CP: Salin; André Pinto, Bruno Gaspar, Doumbia, Francisco Geraldes, Pedro Marques e Jovane Cabral
O árbitro desta partida é Manuel Mota, assistido por Jorge Fernandes e Nélson Cunha. No videoárbitro estará Vasco Santos, assistido por João Bessa Silva.
