Cristiano Ronaldo é o grande favorito para a conquista do Prémio FIFA destinado ao melhor jogador mundial de 2016. Dada a importância atribuída aos títulos coletivos conquistados, seria surpreendente que o duplo campeão europeu não fosse o eleito.
O ano de Ronaldo
Mas há outros números coletivos de Ronaldo no ano civil de 2016 que são verdadeiramente impressionantes: o madeirense perdeu apenas dois jogos oficiais competitivos em todo o ano civil, ambos pelo Real Madrid. Leu bem, são duas derrotas num total de 54 encontros a doer, 44 pelo Real Madrid e 10 pela seleção. Messi, por exemplo, acumulou sete desaires.
E embora o argentino até tenha um número total de golos apontados em 2016 superior ao de Ronaldo, a verdade é que o português apresenta uma média de golos por jogo ligeiramente melhor, de 0,96 contra 0,95 de Messi. E há um outro aspeto em que CR7 bate toda a concorrência: os golos que marcou tanto na seleção como no clube, que garantiram diretamente mais de 30 pontos - é caso para dizer que este prémio será uma boa forma das equipas de Ronaldo retribuírem a cortesia.
Lionel Messi - Malditos penáltis
Já há muito que Messi terá percebido que a conquista da Bola de Ouro e do Prémio FIFA 2016 seria quase impossível dado o seu fracasso nas grandes competições internacionais.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
O ano de Messi
Claro que Messi até sentirá que fez o suficiente para merecer estes prémios: no ano que há pouco terminou, ganhou todas as provas do calendário espanhol e foi o melhor marcador mundial do ano civil, com 59 golos. Aliás, esta é a sua terceira melhor marca de sempre, depois dos inverosímeis 91 golos de 2012 e dos 60 de 2010.
O argentino continua a brilhar e a marcar menos na seleção do que no clube - um problema que Ronaldo ultrapassou em 2016 - com 13 golos em 13 jogos por Portugal. Mas no Barça o desempenho de Messi foi notável: 51 golos em 51 jogos, sendo que nesses encontros apontou mais de 40% dos golos da sua equipa. E se acrescentarmos as 25 assistências efetuadas por Messi nestes 51 jogos, a sua participação decisiva em golos do Barça chega aos 61%.
Antoine Griezmann - O prémio "quase"
Para Antoine Griezmann, 2016 foi o ano do "quase". Podíamos muito bem-estar agora a vaticinar o triunfo do francês no prémio FIFA se o seu Atlético de Madrid não tivesse sido derrotado pelo Real Madrid de Ronaldo no desempate por penáltis da final da Liga dos Campeões. Maldades do destino, passadas algumas semanas, a outra equipa de Griezmann - a seleção francesa - voltou a perder, em casa, uma final com a seleção de Ronaldo.
O ano de Griezmann
Valha a verdade que na competição direta com Ronaldo e Messi, Antoine Griezmann não tem muitos números que o favoreçam, mesmo centrando a nossa análise apenas no ano de 2016. Marcou um total de 36 golos, contra 55 de Ronaldo e 59 de Messi, fez 14 assistências contra 17 do português e 31 do argentino.
O que não retira mérito ao desempenho do jogador francês do Atlético de Madrid, que teve um ano extremamente intenso, de plena afirmação, com o número invejável de 67 jogos efetuados, mais dez do que Ronaldo e mais cinco do que Messi.