"Há um mês que andava a dizer que ia ser campeã da Europa, mesmo com um ombro magoado"

A seis vezes campeã da Europa deixa o recorde de medalhas "para quem o quiser bater".

Seis medalhas de ouro, duas de prata e sete de bronze. Quinze ao todo em Europeus. Telma Monteiro tornou-se, esta sexta-feira, a atleta mais medalhada de sempre em campeonatos da Europa de judo e revelou que, apesar de se ter lesionado num ombro durante a preparação para a competição, " já há um mês que andava a dizer que ia ser campeã da Europa".

No final do combate com a eslovena Kaja Kajzer, que só foi decidido por 'ippon' no prolongamento e garantiu o título europeu a Telma Monteiro, a judoca portuguesa, já com a medalha de ouro ao pescoço, confessou querer "chorar outra vez", depois de ter ouvido o hino português em lágrimas.

"Foi uma preparação muito dura, magoei-me no ombro quando estava a preparar-me para o europeu e para o apuramento olímpico", notou a recém-campeã europeia em declarações aos jornalistas no pavilhão Altice Arena.

Reconhecendo que este foi um torneio "extremamente difícil" e com "mérito para as adversárias, Telma Monteiro garantiu que deu o máximo.

"Deixei a vida e para alguém me ganhar tinha de deixar a vida também. Quando acordei de manhã senti que ia fazer história", revelou a judoca antes de agradecer a dedicação e paciência da família, equipa e federação.

"Sabem que sou irreverente e já há um mês que andava a dizer que ia ser campeã da Europa, mesmo com um ombro magoado", gracejou.

"Um dia perfeito"

Telma Monteiro lembrou que a meia-final em que derrotou a kosovar Nora Gjakova teve um prolongamento de "quase sete minutos", uma condição que considerou ser especialmente difícil mas que ajudou a um "dia perfeito".

"Foi melhor assim do que se tivesse ganho tudo rápido. Sexto título europeu, décima quinta medalha. A mais medalhada de sempre em campeonatos da Europa e agora deixo o recorde para quem o quiser bater", rematou.

Vencer em Lisboa, depois de não poder ter participado nos Europeus de 2008, que também aconteceram em Portugal, foi "super especial" por ser um sonho que "estava adiado".

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