Mais certezas do que dúvidas. Selecionador já tem na cabeça o 11 para jogar com Espanha

O selecionador português de futebol assumiu ainda, este domingo, a convicção no apoio nacional à equipa das 'quinas' no Mundial 2018, à distância, ao contrário do que ocorreu no Euro 2016.

"Não vai fazer falta, mas gostávamos muito de ter o apoio que tivemos no Europeu. Temos o apoio do povo português, que sabe que não viemos aqui para participar no campeonato do mundo, mas para ganhar cada jogo. Certamente teremos nas praças em Portugal corações a vibrar intensamente, acreditando que esta equipa vai cumprir os objetivos", vincou o técnico.

Em Kratovo, a cerca de 50 quilómetros sudeste de Moscovo, a seleção lusa, que retomou hoje os treinos, dificilmente vai contar com a onda de entusiasmo ocorrida no Euro 2016, com o centro de estágio de Marcoussis, em França, repleto de emigrantes.

"Claro que preferíamos ter o apoio como em Marcoussis. Nos momentos menos fortes é muito importante quando o sentimos. Quando não estamos a ganhar, o apoio é muito importante, mas os meus jogadores estão preparados para isso. Temos de ser nós a fazer isso", afirmou.

O selecionador português de futebol, Fernando Santos, assegurou ainda que o poderio da Espanha, primeiro adversário de Portugal na fase de grupos do Mundia 2018, "não assusta" a equipa nacional.

"Têm um excelente treinador [Julen Lopetegui], que tem feito um grande trabalho, conhece bem o futebol português e os jogadores. É uma das equipas favoritas, mas nada que nos assuste, temos um grande respeito pelos adversários, mas muita confiança em nós e sabemos que podemos ganhar", disse o técnico português.

Fernando Santos acrescentou que o adversário da próxima sexta-feira "tem um padrão de jogo há muito definido, que a levou a ser campeã do mundo e da Europa", sublinhando um futebol "de posse, objetivo e rápido nas transições".

"Sabemos de tudo isso e o de temos de fazer. Não podemos dar espaços e temos de procurar ter também bola", vincou.

O selecionador português confessou que já tem a equipa para esse primeiro jogo com a Espanha parcialmente alinhavada, mas lembrou que "os últimos treinos são sempre importantes".

"Há sempre alguma dúvida que vamos analisando nos treinos, mas não vou abrir o jogo", disse, a sorrir.

Confrontando com a importância de um bom resultado no jogo inaugural, Fernando Santos lembrou que "não há uma ciência matemática que possa analisar o futebol", mas recorreu à sua experiência em fases finais de grandes competições internacionais.

"Já vi equipas com resultados menos positivos no primeiro jogo que acabaram por chegar à fase seguinte, como já vi equipas com resultados positivos [no jogo inicial] que ficaram pelo caminho", referiu.

Com o jogo de estreia neste campeonato do mundo, [frente à Espanha, em Sochi] agendado para sexta-feira, o treinador português afastou um cenário de ansiedade, mas confessou que o grupo "está com vontade de jogar".

"Os dias vão passando e todos querem competir. Não é só com Portugal, acontece com todas as equipas. Não se pode dizer que haja ansiedade, mas sim vontade de jogar, que o próximo jogo venha já amanhã", partilhou.

O técnico foi ainda instado a comentar a presença de vários órgãos de comunicação social estrangeiros no treino aberto deste domingo, sendo questionado se tal se deve ao recente título europeu, ou à presença de Cristiano Ronaldo.

"Acho que se deve muito àquilo que Portugal tem feito, com um crescimento claro aos olhos de todos, nomeadamente com a conquista do campeonato da Europa. Isso traz à imprensa internacional uma outra visão. Depois, claro, temos também o melhor jogador do mundo. Quando juntas as duas coisas sobe-se um grande patamar", concluiu.

A seleção nacional vai estrear-se no Mundial 2018 frente à Espanha, na sexta-feira, em Sochi, no primeiro jogo do Grupo B, seguindo-se desafios com Marrocos, a 20 de junho, em Moscovo, e Irão, de Carlos Queiroz, a 25, em Saransk.

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