Marega não estraga a vitória do FC Porto

O maliano, desta vez, foi protagonista pelos piores motivos.

Decorria o tempo de compensação e de forma muito inteligente, o avançado ganhou um penálti. Escrevo ganhou não porque não fosse falta, mas porque foi astuto para ganhar posição ao adversário e travar a corrida, dentro da área, promovendo o contacto do adversário que imprudentemente não travou, também ele o seu deslocamento.

É este o pior motivo? Não. Pediu ao treinador para marcar o castigo máximo e Sérgio Conceição respondeu: "Fábio [Vieira]!" A reação do maliano foi de total descontrolo emocional, pontapeando a bola, não tendo conseguindo guardar o seu ego num momento de exaltação colectiva. Afinal foi ele que deu ao Porto a oportunidade de fechar o jogo.

Alheado de tudo, o menino não tremeu e colocou uma pedra sobre a partida, provavelmente, sobre o título de campeão nacional.

Importa olhar a um jogo com noventa minutos de pouco inspiração portista, excepção feita ao suspeito do costume, Corona. Numa primeira parte com poucas situações de perigo criadas, foi dele o cruzamento na esquerda que permitiu o cabeceamento de Marega, superiormente defendido por Babacar.

Quanto às ocasiões de golo na primeira parte, estamos conversados. Resultara, portanto, a estratégia de Natxo González que apresentou uma equipa sem referência ofensiva, no centro do ataque, apelando à velocidade de Richard e Toro partindo da esquerda e da direita, respectivamente.

Esse espaço, muitas vezes, foi invadido por João Pedro que actuou na frente de dois médios mais posicionais, Pepelu e Jaquité. Esta foi opção a encontrada pelo técnico espanhol para atacar a baliza de Marchesín conseguindo em simultâneo garantir superioridade numérica na sua linha defensiva, com a presença de três defesas centrais auxiliados na esquerda por Pité e encarregando Moufi pelo lado oposto do terreno.

Danilo que substituiu Sérgio Oliveira, lesionado, ainda durante a primeira parte, abriu o marcador, na sequência de um canto marcado por Alex Telles à direita. Uma fórmula já velha conhecida do Dragão de Conceição.

O Tondela começou a soltar-se e o Porto através do inevitável, Corona, colocou Marega na cara de Babacar que aumentou a contagem.

Os beirões nunca se renderam e Natxo arriscou abdicando dos três centrais e colocando mais homens na frente, Ronan, que tinha ficado no banco foi fundamental para aumentar o poder de fogo da equipa. A boa dinâmica da nova asa esquerda, Filipe Ferreira e Xavier, foram alimentado a ambição da equipa. Contudo foi sobre o centro direita do ataque que surgiram tanto o pontapé penálti, que Ronan aproveitou para reduzir a distância no marcador, bem como a oportunidade para igualar a partida que

Strkalj desperdiçou na cara do guardião argentino do Porto. Numa altura em que Sérgio Conceição já tinha trancado a equipa com a inclusão de Diogo Leite para formar uma linha de cinco defesas, tendo quatro homens à sua frente e apenas Marega como homem mais adiantado da formação portista.

Pragmatismo e humildade também são atributos de um campeão, o Porto soube os exaltar, Marega não.

* Comentador TSF

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