Fernando Pimenta acusa federação de o obrigar a competir apenas numa classe

O canoista Fernando Pimenta, que se classificou para participar em duas provas nos Jogos Olímpicos, acusa a Federação Portuguesa de Canoagem de o obrigar a desistir de competir na classe de que mais gosta.

Quatro vezes campeão da Europa, Fernando Pimenta qualificou-se para os Jogos Olímpicos de Londres em k1 mil metros no ano passado, mas após qualificação para a prova em k2, com Emanuel Silva, a Federação Portuguesa de Canoagem não lhe deu escolha.

O atleta do Clube Náutico de Ponte de Lima garante que na reunião de quinta-feira da semana passada com o presidente e vice-presidente da Federação nunca lhe foi dada a possibilidade de só alinhar na prova de k1 mil metros: ou aceitava fazer dupla com o atleta do Sporting, abdicando da participação na prova em que sempre sonhou competir, ou não iria aos Jogos Olímpicos.

«Se estava disponível para fazer só o K2, se não tivesse teriam que tomar medidas e levar outra atleta na minha vez», conta Fernando Pimenta.

A Federação alega que as provas em k1 e k2 são muito próximas uma da outra nas semi-finais e na final e que o atleta de Ponte de Lima deve apenas focar-se na participação em k2. Argumentos que, para Fernando Pimenta, não fazem sentido.

«A probabilidade de um bom resultado é igual quer em k1 quer em k2. Eu sempre disse que estaria disponível para fazer as duas, mas que estava mais motivado para a k1», referiu.

O atleta de 22 anos lembra ainda que já competiu em várias provas com intervalos semelhantes aos dos Jogos Olímpicos nas quais conquistou vários lugares no pódio, por isso lamenta ter sido forçado a abandonar a prova individual.

«Sempre disse que ia lutar com todas as minhas forças para estar presente em Londres na prova de K1,que é uma das provas que gosto de fazer. E foi um sentimento de frustração e tristeza por não poder competir nessa prova».

Apesar de contar com 25 medalhas em provas internacionais, Fernando Pimenta diz que ir aos Jogos Olímpicos é realizar um sonho.

«É um momento único onde está a elite do desporto mundial», é por isso que mesmo só numa das provas, não desiste de ir a Londres.

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