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A Comissão Europeia defendeu, esta segunda-feira, que as competições desportivas devem ser assentes em regras claras e transparentes. O porta-voz da Comissão Europeia, Eric Mamer, afirmou que também no futebol as competições não devem ser exclusividade de alguns clubes e devem dar "a todos" a oportunidade de participar.
"Os desportos e as competições devem ser organizados de forma aberta aos participantes, e aos clubes participantes, assegurando solidariedade tanto aos clubes de topo, como aos mais baixos, para que todos tenham oportunidade de participar", afirmou.
Bruxelas responde ao conflito entre os clubes que querem criar uma Superliga e a oposição da UEFA e da FIFA
Por sua vez, a porta-voz da Comissão Europeia com a pasta do Desporto, Sonya Gospodinova, afirma que o caso do futebol, em particular, "faz parte da sociedade europeia", e Bruxelas defende um "modelo europeu" assente em princípios básicos.
"Os princípios básicos deste modelo são o princípio da autonomia, da abertura, da solidariedade e da interdependência das federações internacionais", disse a porta-voz, embora não comentasse diretamente o caso da "superliga" de 12 clubes, por "não ter dados" suficientes, já que apenas o conheciam através de relatos na imprensa. Gospodinova acrescentou que a discriminação não faz parte do "ADN europeu".
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"Uma boa governação baseada em regras claramente definidas, transparentes e não discriminatórias é uma condição para a autonomia e a autorregulação das organizações desportivas. Essas tradições de como as pessoas lidam com o desporto a todos os níveis precisam ser mantidas como parte do ADN europeu", disse.

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Neste domingo, um conjunto de clubes europeus assumiram-se como "fundadores" da Superliga, prometendo iniciar época inaugural "o mais brevemente possível".
AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter de Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham" pretendem "gerar recursos suplementares para toda a pirâmide do futebol".
Entretanto, a UEFA reiterou que pretende excluir os clubes que integrem a dita Superliga europeia de futebol, prometendo adotar "as medidas necessárias, a nível judicial e desportivo" contra o "projeto cínico".

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