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As quatro pessoas detidas por terem pendurado um boneco com a camisola do futebolista brasileiro Vinícius Júnior numa ponte foram constituídas arguidas do crime de ódio e libertadas, sob medidas restritivas, por um tribunal de Madrid.
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Os quatro arguidos estão proibidos de comunicarem ou de se aproximarem do avançado do Real Madrid, bem como de permanecerem a menos de 1.000 metros do estádio Santiago Bernabéu e do centro de treino do clube espanhol, nas proximidades do qual foi pendurado o boneco, em janeiro.
Estão obrigados ainda a respeitar idêntico distanciamento do estádio Metropolitano, no qual joga o rival Atlético de Madrid, bem como de todos os estádios dos clubes da Liga espanhola de futebol, a partir de quatro horas antes do início dos encontros e até quatro horas após a conclusão.
As quatro pessoas foram detidas na terça-feira na capital espanhola, pela Polícia Nacional, sob suspeita de terem pendurado o boneco com a camisola de Vinícius Júnior, antes de um jogo entre o Real Madrid e o Atlético de Madrid.
Na segunda-feira, o avançado brasileiro do Real Madrid pediu punições para os adeptos e clubes por atos racistas e referiu que já aconteceram casos em várias cidades espanholas, tendo divulgado um vídeo com os insultos de que tem sido alvo.
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Nos últimos meses, Vinícius, de 22 anos, tem sido alvo de vários insultos racistas e outras ofensas, tendo a situação denunciada pelo futebolista originado reações de apoio ao desportista, desde a FIFA aos governos do Brasil e de Espanha.
O Real Madrid também já informou ter apresentado uma queixa na Procuradoria-Geral de Espanha "por delitos de ódio e discriminação" de que o jogador brasileiro tem sido alvo, o mais recente dos quais no domingo, no estádio do Valência.