"É como um pai para mim." Manchester United volta a juntar Ronaldo e Ferguson

Clube inglês voltou a juntar duas das suas estrelas numa entrevista.

Cristiano Ronaldo e Alex Ferguson são amigos desde 2003, altura em que o jogador português chegou ao Manchester United, vindo do Sporting, com apenas 18 anos. Exatamente 18 anos depois, CR7, agora com 36 anos, está de volta ao clube inglês, que voltou a juntar os dois numa entrevista divulgada na sexta-feira. Numa conversa descontraída contaram como os momentos mais difíceis ajudaram a fortalecer a amizade, principalmente na fase de adaptação a um novo país, há quase duas décadas.

"É difícil. Imagina que tens 18 anos, chegas do Sporting e agora jogas com estrelas como Giggs, Scholes, Keane ou Solskjaer. Estava um bocadinho nervoso, mas ele ajudou-me muito na comunicação, ia muitas vezes ao gabinete dele com um tradutor ao meu lado. Desde o primeiro dia, sempre fiz o que ele disse. Digo sempre que ele é como um pai para mim no futebol. Agradeço tudo o que ele fez por mim, pela minha família e especialmente pelo clube", sublinhou Cristiano Ronaldo.

Olhando para trás, Ferguson reconhece que o internacional português superou todas as expectativas e admite que colocá-lo a jogar, mesmo em tão tenra idade, foi a decisão certa.

"Lembro-me que quando pensámos em contratá-lo, sempre deixei claro ao seu agente que ele não jogaria em todos os jogos. Mas se ele fosse assim tão bom, eu não o iria travar, até porque tens sempre de jogar com os melhores jogadores. No primeiro jogo da época, ele foi suplente. Ele entrou e foi absolutamente fantástico, o público adorou-o! Então eu fiquei nesta situação: meto-o a jogar no próximo jogo ou deixo-o no banco? Foi um grande problema", recordou Alex Ferguson.

A morte do pai, aos 20 anos, foi um dos momentos mais difíceis da vida de Ronaldo, mas também aí contou com o apoio do treinador.

"Provavelmente ele não se lembra, mas um dia, o meu pai estava no hospital e eu estava muito em baixo. Falei com ele e ele disse-me 'Cristiano, vai para lá dois ou três dias'. Nós tínhamos jogos difíceis e eu era um jogador importante para a equipa. Ele disse 'vai ser complicado porque vamos ter jogos difíceis, mas eu percebo a tua situação e deixo-te ir ver o teu pai'. Para mim, essas são as coisas mais importantes, à parte de ganhar a Liga dos Campeões, a Premier League e as taças", recordou o jogador português.

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