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A edição de 2021 do Grande Prémio da Bélgica ficou marcada, de forma negativa, nos corações dos fãs de Fórmula 1. A chuva intensa, que teimava em não passar, impediu a realização da corrida, sendo as poucas voltas completas atrás do safety car. 365 dias depois, mesmo com alguma precipitação na sexta-feira, os guarda-chuvas ficaram guardados e o sol acabou por marcar presença em Spa-Francorchamps.
No primeiro fim de semana de corridas após as férias de verão, além da competição para perceber que piloto tinha o melhor bronze, as penalizações foram o tema principal das notícias que chegavam desde o país do norte da Europa. Foram publicadas inúmeras grelhas de partida provisórias, mas, na folha entregue pela FIA antes da partida, confirmava-se nove penalizados por trocas de componentes nos monolugares.
Entre os visados, encontravam-se os dois primeiros do campeonato do mundo de construtores: o líder, Max Verstappen, partiu de 14.º e o perseguidor, Charles Leclerc, começou em 15.º. Esperava-se uma corrida de trás para a frente na luta pelo melhor lugar possível na classificação.
Na hora em que as cinco luzes dos semáforos se apagaram, o pole sitter, Carlos Sainz, partiu melhor que os demais e manteve a liderança. Mais lá atrás, numa missão muito particular, Verstappen conquistou, em poucas curvas, sete posições.
The points scorers in Spa! #BelgianGP #F1 pic.twitter.com/2Rbo01XFXK
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Logo na primeira volta, um incidente entre Hamilton e Alonso e, pouco depois, entre Latifi e Bottas, obrigou à entrada do safety car em pista. O britânico da Mercedes e o finlandês da Alfa Romeo, aniversariante do dia, viram o resto da ação das suas próprias garagens.
Quatro voltas depois, quando se voltou a correr em Spa, Sainz continuava a liderar, mas, quando parou nas boxes, cedeu a posição ao Red Bull de Sergio Pérez. A liderança do mexicano, no entanto, tinha os minutos contados e Max Verstappen, num ritmo impressionante, assumiu o primeiro lugar, 12 voltas depois do início do Grande Prémio da Bélgica.
Na volta 16, foi a vez de o neerlandês trocar de pneus. Ainda assim, 14,014 metros depois, que é como quem diz, duas voltas ao circuito mais longo do calendário, o carro número um assumiu realmente a liderança da corrida, para nunca mais a largar.
Com o primeiro lugar decidido, faltava perceber a ordem do pódio. A velocidade estonteante do RB18 permitiu a Sergio Pérez deu um empurrão para permitir ao mexicano subir ao segundo lugar, marcando um primeiro e segundo lugares para a marca austríaca. A fechar os lugares que permitem um banho de champanhe, ficou Carlos Sainz.
Até ao final, ainda estavam reservadas algumas surpresas, mas também o habitual motivo para deixar os fãs da Ferrari com as mãos na cabeça. Charles Leclerc, em quinto lugar, ainda parou, na penúltima volta, para tentar conquistar o ponto da volta mais rápida.
No entanto, uma paragem um pouco mais lenta do que se esperava deixou o monolugar do monegasco à mercê de Fernando Alonso. Uma luta até ao final deu para recuperar o quinto lugar, mas a volta mais rápida não foi possível.
O golpe de teatro final, que nem estaria ao nível dos filmes de Hitchcock, estava reservado para o fim da corrida. Quando os pilotos estavam na habitual pesagem, a direção de corrida anunciou que Charles Leclerc exagerou na velocidade e foi penalizado em cinco segundos e, com isso, acabou mesmo por terminar o GP da Bélgica no sexto posto.
Antes de Zandvoort, o próximo Grande Prémio, situado nos Países Baixos, Max Verstappen distanciou-se ainda mais na liderança do campeonato do mundo de pilotos. O colega de equipa, Sergio Pérez, assumiu o segundo lugar, que era ocupado por Charles Leclerc, que cai para terceiro.