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O jamaicano Hansle Parchment, campeão de 110 metros barreiras, só ganhou a medalha de ouro porque uma voluntária nas Olimpíadas lhe pagou o táxi para o estádio.
A 5 de agosto, dia de final dos 110 metros barreiras em Tóquio, Hansle Parchment apanhou um autocarro da organização, com o objetivo de ir para o Estádio Olímpico onde ia correr nos 110 metros barreiras. Assim que o transporte chegou ao destino, o atleta apercebeu-se de que algo estava muito errado, porque tinha chegado a uma zona de provas aquáticas. Conclusão: tinha apanhado a carreira errada.
Ainda por cima, a organização tinha regras rígidas sobre o transporte de atletas, exigindo que fossem agendados com antecedência e, por isso, o atleta não conseguiu apanhar outro autocarro para o sítio certo.
O jornalista Hugo Neutel conta-lhe os detalhes desta história
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Desesperado, pediu ajuda a uma voluntária, que, não tendo poder para mais, emprestou-lhe dinheiro. Parchment apanhou um táxi, foi para o estádio e ganhou o ouro.
Dois dias depois, ainda na capital japonesa, o atleta fez questão de encontrar a mulher e agradecer-lhe olhos nos olhos a ajuda que transformou em felicidade um dia que poderia ter sido de tristeza.
Parchment pagou-lhe a dívida, ofereceu-lhe uma camisola olímpica da Jamaica e levou a medalha de ouro para que ela a pudesse ver e tocar.
Mas o maior prémio de Tiana, a voluntária que ajudou o atleta, pode ser outro: o ministro jamaicano do Turismo já lhe prometeu uma viagem à ilha das Caraíbas.