Vilamoura é a "Meca" dos velejadores

Velejadores de todo o mundo estão a procurar Vilamoura para se prepararem para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. Vêm atraídos pelo clima e pelas boas condições que lhes são oferecidas. Esta presença, em época baixa de turismo, pode ter um impacto de mais de 7 milhões de euros na economia do Algarve.

Por estes dias, ouve-se falar línguas de todo o mundo. Limpam-se velas, dão-se mangueiradas nos barcos. O centro de Estágios de Vilamoura está cheio de velejadores.

"Temos o centro de estágios completamente esgotado", garante Nuno Reis, do Vilamoura Sailing. Representados no local estão 41 países, incluindo a equipa olímpica japonesa, os anfitriões dos próximos Jogos Olímpicos.

Tal como os japoneses, que escolheram deslocar-se até Vilamoura com todo o seu staff para treinar, há atletas de vários países que também optaram por este local.

Nuno Reis explica o porquê de tanta afluência: "Criámos aqui um projeto a que chamámos Vilamoura Sailing, com o objetivo claro de captar as equipas olímpicas para virem treinar na altura de inverno, desde outubro a fevereiro/março", adianta.

Além dos serviços que lhes são prestados, como locais para atracarem os barcos e cuidados médicos, há um fator determinante para a preferência dos velejadores: o clima e o plano de águas, bom para andar à vela.

"Temos agora a passar por nós a equipa russa, que saiu do seu país com 17 graus negativos, e aqui andam de T-shirt e calções", conta Nuno reis, apontando para um barco.

Foi por isso que o croata Sime Fantela, campeão do mundo e campeão olímpico na sua classe, veio até Vilamoura. "Não sentimos falta de nada. Temos bom vento, temos um grande clube que nos recebe, um bom espaço, boas acomodações, tudo num só local", diz.

Sime é velejador numa classe recente e cujos barcos, com enormes velas, estão a chegar a terra e à Marina de Vilamoura, depois de um treino. Atracam embarcações com as bandeiras de cada país. E são de muitas nacionalidades.

Com tantos velejadores presentes durante a época baixa do turismo, o impacto na economia é grande. "Isto tem um impacto direto de 7 milhões de euros e é uma estimativa por baixo", garante Nuno Reis.

Rodolfo e Gonçalo Pires, dois irmãos velejadores, tentam dar o seu melhor e, quem sabe, conseguir um apuramento para os Jogos Olímpicos. A quem começa nestas andanças do barco à vela, dão algum incentivo."É preciso experimentar. Há muitas escolas de vela pelo país. Só a sensação de andar num barco à vela é super cativante. Vão adorar".

É, afinal, o que faz um velejador: o gosto por andar nas ondas e sentir diariamente no rosto o vento e o sal do mar.

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