Wendel iniciou a festa de um jovem leão de 114 anos

Leia a análise à vitória do Sporting sobre o Gil Vicente.

O Sporting fez o que ainda esta época não tinha feito. Uma exibição excecional? Não, mais importante que isso: venceu a quarta vez consecutiva para o campeonato.

Se acrescentarmos a esta inédita sequência vitoriosa, a estreia de Tiago Tomás, 18 anos, e Joelson Fernandes, 17 anos, temos uma noite de aniversário leonino com vários motivos de festa.

A consolidação de Wendel como elemento diferenciador no meio campo de Rúben Amorim. Articula-se bem com Matheus Nunes, um jovem cumpridor, que permite ao brasileiro gerir os ritmos de jogo, estar sempre disponível para ser solução de passe para os colegas e aproximar oportunamente às zonas de finalização como no lance que inaugurou o marcador.

A ascensão de Plata como um desequilibrador puro. O brilho nos olhos quando a bola lhe chega, não engana, ele obriga-se a encarar o adversário utilizando o interessante reportório técnico e fazendo da variação de velocidade e direção de deslocamento o fator chave para ganhar espaços para ele ou algum colega finalizar.

A solidez de Maximiano que apesar de poucas vezes solicitado a intervir, quando a necessidade surgiu, correspondeu e de que maneira. Foram duas as enormes defesas que adiaram o merecido golo gilista. Baraye e Ruben Ribeiro que o digam.

Mas o que mais impressiona neste Sporting é a compreensão coletiva do jogo e nesse capítulo é inequívoca a responsabilidade de Rúben Amorim. Os jogadores conseguem variar os ritmos e os espaços em função dos constrangimentos criados pelo adversário e são humildes o suficiente para juntar fileiras, quando necessário, tornando evidente que quando se trata de sobrevivência, último terço defensivo, os recursos técnicos escolhidos são os mais eficazes possíveis.

Esta equipa dá a sensação de permanentemente interpretar bem o jogo, mesmo que em alguns momentos não seja dominadora, não perde o norte.

Do norte, chegou a Alvalade um galo com nova penugem. Nas laterais defensivas dois homens que habitualmente jogam no corredor central, Rúben Fernandes, no defensivo e Claude Gonçalves no intermédio, respetivamente à esquerda e à direita, procurou Vítor Oliveira condicionar os movimentos interiores dos extremos do Sporting.

A surpreendente ausência de Kraev, deu a possibilidade a Rúben Ribeiro, de comandar o ataque gilista desde o centro do terreno, espaço onde se sente mais confortável.

Drible, passe, cruzamento e/ou remate foram recursos que utilizando no momento certo, tornaram Ruben Ribeiro o protagonista gilista que mereceu a recompensa do golo no seu regresso a Alvalade.

Foi insuficiente a estratégia gilista para tirar pontos a um jovem leão que continua a crescer com a confiança de quem ganha jogos, jogadores e uma equipa que sabe muito bem o que tem de fazer a cada momento do jogo.

*Comentador TSF

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