Dados do ministério das Finanças mostram que a obrigação fiscal com mais adesões é o Imposto Único de Circulação (IUC), com 7.782, logo seguido do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), com 7.295. O terceiro lugar distante vai para o IRS com 1.464 adesões.
São números muito distantes do universo total: segundo a Pordata existiam em 2015 (último ano disponível) mais de 6 milhões de veículos em Portugal (4,5 milhões de veículos ligeiros, 500 mil motociclos, 1,2 milhões de veículos pesados de mercadorias e 15 mil veículos pesados de passageiros).
Em 2016 havia perto de 6 milhões de alojamentos.
O IRS abrange cerca de 5 milhões de famílias, metade das quais não paga o imposto por ter rendimentos inferiores a 8.500 euros anuais.
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Há também números residuais de débito direto noutras tributações.
O cálculo do IMI e do IUC não apela a intervenções dos contribuintes (como acontece, por exemplo, no caso do IRS) e por isso estas tributações são mais suscetíveis a esquecimentos de prazos, facto que poderá explicar a enorme diferença de adesões para o terceiro lugar do pódio, ocupado pelo IRS.
Tudo somado, ao final de dois meses cerca de 17 mil contribuintes escolheram autorizar o pagamento automático de pelo menos um imposto.

Adesões ao débito direto, pagamentos por MB Way e instalações da app das Finanças
© TSF
Ao aderir ao débito direto, os contribuintes garantem que não pagam multas por atrasos. Os cidadãos são avisados pelo fisco antes de cada transação, que é sempre agendada para o final do prazo de cada imposto.
Outra funcionalidade recente é a possibilidade de saldar impostos através do MB Way, a aplicação da SIBS para pagar com o telemóvel. Até agora houve um total de pouco menos de 7500 pagamentos.
Já a app para telemóveis lançada pelas finanças teve um total de 72 mil instalações, mas este facto não significa que as pessoas a usem.
Estas funcionalidades foram lançadas no início de março pelo ministro das Finanças, que realçou as vantagens para os contribuintes que aderirem ao débito direto, que não acarreta qualquer custo e permite evitar despesas desnecessárias por via dos atrasos e respetivas coimas.