No primeiro trimestre de 2016, o Estado ficou com menos 635 empregos permanentes, tendo contratado mais 4167 trabalhadores a prazo. Se o resultado é o maior número de contratações dos últimos anos, a prática não é a que se esperava de um governo de esquerda, que tem no programa o fim da precariedade, anota o Jornal de Negócios, que olhou para o detalhe da folha salarial do Estado, que ontem foi divulgada.
O número de precários no Estado sobe assim para 75.784 pessoas, num total de 662.190. PS e Bloco têm em curso um grupo de trabalho para discutir como reduzir este fenómeno, no privado e setor público.
Em termos setoriais, foi na Saúde que se registaram mais entradas - explicando 82% destas. Recorde-se que o Estado tem aberto há mais de seis meses um concurso para a contratação de cerca de 1000 enfermeiros, ainda longe de estar concluído.
Em curso está também a redução do horário de trabalho no Estado, que o Governo prometeu para julho - mas aqui com uma divergência aberta. Se o PS entregou uma proposta na Assembleia para que a transição seja progressiva nos casos que implicam mais contratações (Saúde, Educação e Justiça), PCP e BE querem que seja imediato. Os sindicatos já disseram que não aceitam a proposta socialista.
O Negócios anota esta manhã que o número de contratações do início do ano deixa o Governo de António Costa com menos margem para fazer as contratações necessárias, tendo em conta o compromisso com Bruxelas de reduzir o número de funcionários públicos.
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