No Documento de Estratégia Orçamental (DEO) apresentado há um mês, o Executivo previa um crescimento de 0,6 por cento em 2013, mas as contas foram revistas nesta avaliação e as novas projeções passam agora a prever um crescimento ainda mais residual da economia, na ordem dos 0,2 por cento.
Na base desta revisão, em grande parte, estão as expetativas do Governo para as exportações. No DEO, o Governo previa para o próximo ano um avanço das exportações de 5,6 por cento face ao fecho de 2012. No entanto, na quarta avaliação, as contas refeitas apontam para um crescimento das exportações na ordem dos 3,5 por cento, mais de dois pontos percentuais abaixo das perspetivas governamentais.
Esta é mesmo a alteração mais significativa para explicar a perspetiva menos positiva apresentada no novo quadro macroeconómico resultante da avaliação da 'troika', já que em 2013, face às previsões do DEO, o consumo privado e público e o investimento devem apresentar quedas menos acentuadas, ainda que de forma muito ligeira.
As projeções para este ano acabam por validar a melhoria em 0,3 pontos percentuais das perspetivas para a evolução do PIB, que deve cair então 3 por cento caso as projeções se concretizem.
Estas novas previsões esperam também uma menor queda do consumo privado (em 0,3 pontos percentuais), e do investimento (em 2,4 pontos percentuais).
A influenciar em grande parte estas perspetivas estão as novas previsões para a taxa de desemprego, que o ministro já havia anunciado, que são revistas para os 15,5 por cento este ano e para os 15,9 por cento em 2013.