O presidente da Confederação da Indústria Portuguesa colocou a possibilidade de algumas destas empresas até terem possibilidades de fazer a actualização do salário mínimo nacional para os 500 euros em Maio.
«Queremos que a contratação colectiva seja descentralizada ao nível da empresa. Na Autoeuropa, foi através do acordo que se fez na empresa, e não no sector da indústria automóvel em geral, que esta é o bom exemplo que é», recordou António Saraiva.
Em declarações à TSF, o líder da CIP considerou ainda que haverá empresas que não consigam actualizar o salário mínimo e que «devem preservar mais o emprego independentemente dos acréscimos salariais».
Sem querer entrar em grandes pormenores sobre as propostas que vai levar para a reunião que terá com o FMI na quarta-feira, António Saraiva recordou que as medidas tomadas têm de permitir o crescimento económico caso contrário estas não servirão para pensar o futuro.
«Além de gerarmos condições de entendimento político para que a ajuda se concretize, é promovermos o crescimento económico para que não venhamos a precisar de ajuda», adiantou o presidente da CIP.
António Saraiva lembrou ainda que «se o país não gerar crescimento não saímos deste rumo e trajectória de empobrecimento gradual».
Por seu lado, o presidente da CAP, também ouvido pela TSF, entende que a grande preocupação do momento é assegurar que o «Quadro Comunitário de Apoio seja apliocado e que não sejam retirados apoios aos agricultores que querem investir.
«Para isso, é preciso que o orçamento de 2011 mantenha disponíveis para esse efeito os 150 milhões de euros que lá estão incluídos. Não deverá haver cortes sob pena de não havendo investimento não se criar emprego e mais produção nacional», explicou João Machado.
