A assembleia-geral do BCP aprovou o aumento de capital sem direito de preferência para os acionistas e também, entre outros pontos, o reagrupamento de ações.
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O ponto referente ao aumento de capital sem direito de preferência para os acionistas foi aprovado com 98,54% dos votos.
Já o ponto referente à supressão do direito de preferência para aumentos de capital no montante máximo de 20% da capitalização bolsista, a realizar em três anos, foi aprovado com 97,83% dos votos, por 44,05% do capital.
Esta autorização é vista como uma porta aberta à entrada de novos acionistas. A futura operação de reforço em causa, para a qual querem já a autorização, será de cerca de 500 milhões de euros.
Esta proposta é justificada pela administração com a "elevada volatilidade e instabilidade dos mercados financeiros", atual e previsível para "os tempos mais próximos".
Neste cenário, argumentam os autores da proposta, "pode fazer toda a diferença o estar ou não uma instituição em condições de aproveitar e concretizar com prontidão uma eventual disponibilidade de investimento por parte de investidores qualificados ou institucionais, que pode não se compadecer com os prazos, a demora, a complexidade e, sobretudo, as incertezas de atribuição próprias de 'rights issues' (ofertas públicas com preferência)".
Acionistas do BCP aprovam reagrupamento de ações que aumenta valor unitário
Os acionistas aprovaram ainda em assembleia-geral anual, a proposta de reagrupamento de ações, de forma a reduzir o número de títulos do banco e aumentar o seu valor unitário.
Este foi o último ponto (de um total de 10) da ordem de trabalhos da reunião, na qual 99,86% dos acionistas deliberaram sobre uma operação de reagrupamento de títulos ('reverse stock split'), sem redução do capital social, em que 75 ações são reagrupadas numa só, face às 195 ações inicialmente propostas.
Fazendo as contas ao valor a que fecharam hoje as ações do BCP, que subiram 3,17% para 0,039 euros ou 3,9 cêntimos, com a aprovação desta proposta cada ação passará a valer cerca de 2,925 euros.
O banco liderado por Nuno Amado propõe a operação por considerar que o atual valor unitário dos títulos "penaliza a mensagem de banco líder e sociedade de referência para o investimento em Portugal".
A assembleia-geral decidiu igualmente que a Deloitte será o auditor externo do banco até 2018, substituindo a KPMG.