O ministério das Finanças alemão desmentiu, esta quarta-feira, um eventual acordo entre Berlim e Paris sobre o reforço do fundo de resgate europeu (FEEF).
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Um eventual acordo entre Berlim e Paris sobre o reforço do fundo de resgate europeu ainda não está em cima da mesa.
Segundo Martin Kotthaus, porta-voz do ministro das Finanças germânico, Wolfgang Schäuble, «estão a decorrer conversações extremamente intensas, ainda não concluídas» entre responsáveis europeus «para aumentar a eficiência» do fundo, mas a soma limite das garantias a dar pelo conjunto dos países da Zona Euro são os actuais 440 mil milhões de euros.
«O limite definido são as garantias que já existem, mas estamos a ver a forma de aplicar esta soma da forma mais eficiente possível», adiantou ainda Kotthaus, num encontro com jornalistas em Berlim.
O mesmo responsável recusou-se ainda a comentar eventuais modelos de utilização do FEEF para permitir aumentar o seu volume para um bilião de euros, ou mesmo para o dobro desta soma, como referia alguma imprensa esta quarta-feira.
Trata-se de um mecanismo que consiste na concessão de garantias parciais a quem comprar títulos da dívida pública de países da moeda única em dificuldades financeiras, até uma determinada percentagem, de 20 ou 30 por cento, por exemplo, sendo o restante risco suportado pelo investidor.
Ainda esta quarta-feira, Angela Merkel e Nicolas Sarkozy vão falar por telefone.
Há, no entanto, uma informação avançada pela agência AFP que cita uma fonte diplomática próxima das negociações que admite que a capacidade de intervenção do fundo europeu de resgate deve subir para um ou dois mil milhões de euros, sem que sejam necessárias novas garantias por parte dos Estados-membros.
Notícia actualizada às 15:24.