Após uma reunião com Passos Coelho, João Semedo disse haver um «conflito definitivo entre Governo e Bloco de Esquerda». O PCP diz que não haverá um período pós-troika e "Os Verdes" advinham que o Governo quer saída com programa cautelar.
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O Bloco de Esquerda defendeu, esta terça-feira, perante o primeiro-ministro, que Portugal deve «desobedecer aos credores e à troika», mas disse não ter encontro abertura à ideia por parte do Executivo liderado por Pedro Passos Coelho.
Após a reunião que teve com o chefe do Governo, o bloquista João Semedo disse ter ficado confirmado que «há um conflito definitivo entre o Governo e o Bloco de Esquerda».
«O Governo está preocupado com os credores, mercados e parceiros europeus. O Bloco de Esquerda está preocupado com a vida e o futuro dos portugueses e economia do país. Esta é uma diferença que nenhuma reunião pode iludir», frisou.
Por seu lado, o líder do PCP entende que a saída da troika fará pouca diferença, dado que o «Governo, no essencial, visa prosseguir e aprofundar a mesma política que nos tem conduzido a esta situação».
Após uma reunião com Pedro Passos Coelho, Jerónimo de Sousa sublinhou que «não vai haver um período pós-troika», porque o «final deste período final do pacto de agressão do chamado memorando de entendimento é meramente formal».
Já os Partido Ecologista "Os Verdes" acredita que Passos Coelho prefere uma saída do programa de assistência com um programa cautelar «pela forma como o primeiro-ministro focou a matéria».
Segundo Manuela Cunha, o chefe do Governo aludiu a «medidas que Portugal estava em condições de concorrer não à versão mais forte, mas mais light do programa, que nunca foi testada em nenhum lado e que não se sabia como era».