O presidente do Governo Regional dos Açores manifestou-se contra a redução das emissões da RTP Açores, considerando que esse é um «caminho perigoso para a coesão nacional».
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O ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, anunciou, esta terça-feira, que as emissões da RTP Açores e Madeira vão ser reduzidas para quatro horas por dia, acrescentando que não podem continuar a funcionar custando ao Estado quase 25 milhões de euros por ano.
Antes da falar com a comissão de trabalhadores da RTP, Carlos César alertou que o caminho que o Governo quer seguir é «perigoso para a coesão nacional e para a prestação do serviço público».
«O Estado não deve poupar com as suas funções de soberania, de representação nas regiões autónomas», considerou.
O presidente do Governo Regional dos Açores acrescentou que «poupar é bom», mas que «não faltam outras coisas em que é possível poupar na RTP». Deu o exemplo do centro da RTP do Porto, que tem 450 funcionários, e de «áreas, chefias e remunerações» na estação que, na sua opinião, são desnecessárias e excessivas.
Por estar descontente, o socialista mostrou-se disponível para discutir como o Executivo como é que o governo regional pode contribuir com o Estado para a realização deste serviço público nacional.
Para isso, acrescentou, é preciso que o Executivo responda ao pedido de reunião já feito há algum tempo para tratar deste assunto.
Contactado pela TSF, o provedor dos espectadores da RTP disse que espera por eventuais reclamações para poder agir.