Silva Peneda considera que a ideia de sucesso do programa de ajustamento não é verdadeira e que a classe média foi «fustigada». No Fórum das Políticas Públicas desmontou a argumentação da "troika" sobre o sucesso do caso português.
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Para Silva Peneda, os indicadores mais recentes sobre a economia não podem servir de fundamento para afirmar que o ajustamento correu bem.
«Enfatizar a ideia de que foi o programa de ajustamento que conduziu à evolução recente do [crescimento da economia, baixa da taxa de juro e redução da taxa de desemprego], que estão longe de estar estabilizados e daí concluir de forma simplista que a rota deve ser mantida é, no mínimo, uma posição muito discutível», frisou.
O presidente do CES aponta vários exemplos que para Silva Peneda permitem tirar um retrato negativo do país no final do programa de ajustamento.
«A reforma do Estado está por fazer, temos uma dívida pública que perdurará por décadas e mesmo o processo de consolidação orçamental têm-se demonstrado insuficiente», adianta.
Silva Peneda conclui que os sacrifícios impostos pela austeridade não foram proporcionais aos resultados conseguidos.