O semanário divulga, esta sexta-feira, novos dados sobre o documento que o ministro das Finanças distribuiu, em Dezembro, aos restantes membros do Governo.
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O ministro Vítor Gaspar apontou os Ministérios da Educação, Saúde e Negócios Estrangeiros como os que apresentam maiores riscos de não cumprirem o que está revisto no orçamento para este ano.
As dívidas em atraso na Saúde e os custos da integração no estado do fundo de pensões dos bancários são problemas que já tinham sido divulgados, mas o semanário Sol acrescenta agora outros dados.
Por exemplo, no Ministério da Educação e, segundo o documento que o ministro das Finanças entregou em Dezembro aos colegas de Governo, estão previstas poupanças de 100 milhões de euros mas ainda não foi especificado onde serão feitos os cortes.
Na Saúde, o orçamento prevê poupanças de 350 milhões de euros que ainda não estão definidas. No Ministério dos Negócios Estrangeiros está em atraso o pagamento de quotas no valor de 64 milhões de euros a instituições internacionais, e esse valor não foi orçamentado.
O ministro das Finanças fez constar no documento, divulgado pelo Sol, uma ordem para os seus colegas: os problemas carecem de uma decisão e acção urgentes.
Para corrigir uma parte dos desvios, Vítor Gaspar admite uma receita adicional de 100 milhões de euros à custa da reprogramação do QREN.
Outra solução passaria pelo recurso a 700 milhões de euros que se encontram cativados mas isso, avisa o ministro das Finanças, reduziria de forma significativa a flexibilidade da gestão orçamental.
No Parlamento, e referindo-se a este documento, Vítor Gaspar já afirmou que se trata de um instrumento de trabalho sobre uma situação que entretanto evoluiu.
Isso mesmo disse novamente o gabinete do ministro das Finanças ao Sol a propósito destes novos dados que vão ser publicados pelo semanário esta sexta-feira.