Para além das empresas, cada vez mais pessoas singulares e famílias estão a declarar falência. Perto de 1100 portugueses foram considerados insolventes no primeiro trimestre do ano.
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Os casos de falências, insolvências e pedidos de recuperação de empresas nos tribunais subiram 50 por cento comparando com os primeiros três meses do ano passado, segundo dados do Ministério da Justiça.
Cumprindo uma das metas previstas no acordo com a troika, este ministério publicou o primeiro relatório trimestral com estes números.
Os dados mostram que para além das empresas, as falências atingem cada vez mais as famílias e pessoas singulares.
Os números do Ministério da Justiça revelam que metade das insolvências decididas nos primeiros três meses do ano atingiram pessoas singulares.
Ao contrário dos anos anteriores, deixaram de ser as empresas o principal alvo das falências decretadas pelos tribunais.
Os dados pedidos pela TSF mostram que 1 097 pessoas foram declaradas insolventes no primeiro trimestre deste ano.
Ao todo, entre Janeiro e Março, a Direcção-geral da Política da Justiça diz que entraram nos tribunais portugueses perto de três mil casos de falências, insolvências e pedidos de recuperação de empresas.
Mais mil do em igual periodo do ano passado e três vezes mais do que acontecia em 2007.
As estatísticas da Justiça revelam ainda que é muito baixa a taxa de recuperação de créditos reconhecidos pelos tribunais nestes processos. Apenas seis por cento são efectivamente pagas.