O Fundo Monetário Internacional baixou, esta segunda-feira, a previsão de crescimento para os países da zona euro. No seu relatório anual, o FMI considerou ainda que a retoma na Europa não é «suficientemente forte».
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O FMI reviu hoje ligeiramente em baixa a sua previsão de crescimento da zona euro em 2014, de 1,1% para 1%.
Num relatório anual sobre a zona euro, a instituição de Washington mantém a previsão de crescimento de 1,5% em 2015.
A recuperação económica «está em curso, mas na nossa opinião ainda é bastante fraca», comentou Mahmood Pradhan, diretor adjunto do departamento europeu do FMI, numa conferência por telefone.
Essa recuperação «não é robusta, nem suficientemente forte», dado que a «fraca procura global pesa na atividade global e mantém a inflação baixa», segundo o FMI.
A instituição notou também que «os mercados ainda estão fragmentados, com uma contração do crédito e custos elevados dos empréstimos».
O crescimento da zona euro está exposto a vários tipos de riscos, nomeadamente «novos choques negativos, internos e externos, que podem afetar a confiança dos mercados, travar a recuperação e levar a economia para uma inflação ainda mais baixa, ou mesmo deflação», de acordo com o FMI.
A organização preconizou três tipos de ação: impulsionar a procura, reforçar os balanços dos bancos e continuar as reformas estruturais.
Apesar de ter saudado as medidas recentemente anunciadas pelo Banco Central Europeu, o FMI defendeu que deve ser ponderado um «programa de compra de ativos em larga escala» se a inflação permanecer baixa.