
FMI
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Num relatório confidencial citado pelo The Wall Street Journal, o FMI reconhece, por exemplo, que a dívida da Grécia não era sustentável em 2010, quando começou o programa de ajuda.
O FMI prepara-se para reconhecer um conjunto de erros cometidos no programa de ajuda à Grécia, noticiou o The Wall Street Journal, que cita um relatório desta instituição financeira.
Num relatório confidencial do FMI, é explicado que pouca coisa foi bem feito neste processo que começou em 2010 e que tinha como objetivo salvar a Grécia da bancarrota.
O FMI entende mesmo que foi um erro participar nesta ajuda, uma vez que a Grécia não cumpria um dos quatro critérios considerados basilares para os países poderem ser ajudados por programas de ajuda financeira desta instituição.
Para o FMI, a dívida da Grécia não era sustentável em 2010, o que significa que ninguém podia dar garantias que qualquer empréstimo contraído por este país chegasse a ser pago mesmo depois de uma intervenção na economia.
Os autores deste relatório reconhecem também que as receitas de austeridade para a Grécia foram desproporcionadas ou pelo menos não adequadas.
Estes autores dizem que só admitem os procedimentos usados se os objetivos não fossem de facto recuperar a Grécia, mas antes retardar a crise do euro.
O relatório indica ainda que se o perdão da dívida à Grécia tivesse sido decidido logo em 2010 em vez de em 2012 a poupança para os contribuintes europeias teria sido bastante grande.
Para além das críticas ao FMI, o documento considera ainda que a Comissão Europeia demonstrou pouca experiência para lidar com processos deste género.